Conclusões
Quando eu era mais nova e magrinha eu não tinha desenvolvido meu corpo e não gostava de ter a perna fina demais, não ter seios, cintura... etc.
Depois de uns anos, junto com a puberdade veio o sobrepeso e passei a achar tudo grande demais. Enfim, eu nunca fui uma menina confiante, que me achasse linda e andasse na rua sem me preocupar com o que os outros achavam de mim.
Exceto em dois momentos da minha vida:
Quando eu fiz 15 anos, viajei até a casa da minha tia em Curitiba, estava com um novo corte de cabelo, pela primeira vez tinha cortado a minha franja, estava muito bem vestida e estava indo pra um lugar onde ninguém me conhecia, onde os meninos não tinham nenhuma impressão ao meu respeito. Durante a minha estadia em Curitiba, aproveitei pra passear muito, com roupas de frio (que adoro), visitando museus, teatros, shoppings, estava me sentindo uma pessoa totalmente diferente de quem eu era em Uberlândia. Estava me sentindo mais confiante, melhor comigo mesma e sem me preocupar, sinceramente, com o que qualquer pessoa estivesse pensando sobre mim. Foi nesse momento tão bom da minha vida que eu conheci o Gilberto. E ele era um menino fantástico, um principe encantado tirado dos contos de fadas, romantico, compreensivo, respeitoso e via em mim essa menina segura e confiante. Foi nesse contexto que eu dei meu primeiro beijo. E foi o melhor beijo que já dei em toda a minha vida e eu não sei se foi por causa do momento, de como eu estava me sentido ou de tudo o que ele me passava ser.
Voltei pra minha vidinha em Uberlândia, convivendo com as mesmas pessoas de antes e deixei pra trás, junto com o Gilberto, a menina que o conquistou. Voltei a ser cabisbaixa, insegura...
Há cinco dias venho conversando com O Esquisito que tem despertado em mim a menina que fui em Curitiba. Que tem me elogiado e assim trazendo de volta minha confiança e segurança. Que tem me mostrado algo que eu havia esquecido desde quando eu tinha 15 anos: Eu sou uma menina por quem os outros podem se interessar.
Hoje quando eu voltei da auto escola eu estava me sentindo bem, não estava cabisbaixa e nem tímida. E eu fiquei surpresa com a quantidade de rapazes que me olharam e mexeram comigo até eu chegar em casa.
Depois de refletir sobre isso eu finalmente percebi que eu sempre fui do mesmo jeito, a única coisa que mudou foi a postura. Antes a minha postura era de "sou feia, não olha pra mim" e nesses dois casos a postura foi de "eu to bem comigo mesma, não ligo se quiser olhar pra mim".
Fiquei sinceramente feliz e até aliviada com essa conclusão. E quero, a partir de hoje, manter essa postura. Quero tentar me sentir bem sempre, independente do que acontecer a minha volta e das pessas que me rodearem.