A Esquisita

Uma menina, com sonhos diferentes das outras meninas; e com hábitos, postura e atitudes bem diferentes também. O que ela vai escrever aqui, às vezes será um sonho, às vezes a realidade ou às vezes só alguma coisa que estava presa nos dedos e escapou sem que ela se desse conta.

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Local: Uberlandia, Minas Gerais, Brazil

31 dezembro 2008

Livro (2)

Augusto estava em casa, olhou para o espelho e viu um rapaz de 19 anos, sem coragem pra se declarar para a menina que ama a tantos anos. Mas ele era bem mais que isso. Era um rapaz estudioso, responsável, sincero, bom amigo, bom filho, uma boa pessoa. Era alto, tinha um cabelo castanho claro, que as vezes ficava ruivo no sol, olhos verdes escuros, traços finos... Era alvo de cobiça entre muitas meninas. Mas só conseguia pensar em uma, que nunca o olhou como homem, mas senpre como um "amiguinho do meu irmão". Sua atenção ao espelho foi tirada com o celular tocando. Pelo horário tinha quase certeza de que era o seu melhor amigo Henrique e acertou em cheio.

- E aí Henrique! Tudo bem, cara?

- Bom demais e você?

- Bem! E aí? O que manda?

- Cara, tava pensando da gente dar uma volta de skate no parque, o que você acha?

- Beleza então, te encontro lá daqui meia hora, falou?

- Fechado! Até mais, abraço!

- Até!

Henrique e Augusto era amigos desde quando se entendiam por gente. Fizeram do pré ao 3o colegial juntos. A dona Eliane, mãe de Henrique, sempre aprovou a amizade dos dois, ficou muito amiga da dona Ana Maria, mãe de Augusto e ficava muito tranquila quando sabia que o filho estava com Augusto. Logo após terminar o colégio, Henrique prestou o vestibular para Direito na universidade federal da cidade. Augusto sabia que não era isso que ele queria, mas dona Ana Maria sempre quis ter um filho envolvido nessa área, e seu melhor amigo estava indo prestar esse curso... Tudo estava voltado a favor do Direito, era como se ele não tivesse escolha, como se o "destino" quisesse assim, então prestou também e ambos passaram. Fez um ano de aulas no curso e estava simplesmente detestando, só serviu para perceber que ele realmente não deveria fazer aquilo. Foi muito difícil pra dona Ana ouvir do filho que ia largar a faculdade pra prestar Matemática. A última coisa que queria era um filho professor de escola pública, recebendo 1 ou 2 salários do governo. Mas teve de acabar aceitando e entendendo o filho. Augusto prestou novamente o vestibular, mas agora muito mais realizado e feliz. No primeiro dia de aula levou um susto que o deixou ainda mais feliz. A menina que ele era apaixonado, a irmã do seu melhor amigo, também prestara e passara em Matemática, eles agora seriam da mesma sala, ele viu uma chance de se aproximar dela e quem sabe, finalmente ter coragem de se declarar. Passados quatro meses que ele pensou em tudo isso, ele realmente se aproximou da garota dos seus sonhos, mas a coragem de se declarar nunca chegou e fatalmente foi se transformando em "melhor amigo" dela, daqueles amigos pra quem nós contamos as nossas frustações, nossos desejos, nossas paixões... A coisa que ele mais detestava era ouvir dela: "Conheci um menino tão legal ontem..." Ao mesmo tempo que ele morria de ciúmes, ele queria estar próximo dela, ouvir o dia-a-dia dela...
Naquele dia ele se despediu dela no final da aula, ela falou que ia até a biblioteca pegar um livro e ele ao invés de ir com ela (como era a sua vontade), resolveu ir pra casa. Chegando em casa, ao se ver no espelho, finalmente tomou uma decisão: "Vou me declarar pra ela amanhã! Aconteça o que acontecer...".
Pegou seu skate e foi se encontrar com Henrique na praça, como o combinado.

30 dezembro 2008

Continuarei!

Ok, como as únicas pessoas que lêem meu blog ultimamente (Anônimo e Claiton) pediram pra eu continuar a história, continuarei. Mas não vai ser bem um livro, porque acho que demoraria muito, eu teria que me dedicar muito, fazer pesquisas, pensar numa história melhor estruturada, colocar mais detalhes, enfim, acho que vão ter só uns 5 ou 6 capítulos e olha que estou sendo otimista, rss.
Eu já tinha pensado na história antes então vai ser mais tranquilo de escrever, mas provavelmente vai ser menos rápido que o primeiro capitulo.
E eu agradeço as palavras de incentivo e elogio dos dois, muito gentis. [:-)]

Aguardem...

29 dezembro 2008

Livro (1)

Sempre quis escrever um livro e no final do ano passado eu decidi fazer isso. Comecei super empolgada mas assim que começaram as aulas e eu comecei a dar monitoria, o livro foi por água a baixo. Eu lembro que na época eu tinha feito um blog pra ele e iria escrever os capítulos post a post. Isso já faz um ano e fuçando no meu computador me deparo com o blog. Até me surpreendi ao ler de novo. Cheguei a escrever um capítulo inteiro. Acho que se eu tivesse continuado o livro teria algumas partes meio picantes, mas como não continuei...
Bom, um dia, quem sabe, eu posso voltar a escreve-lo. Por agora vou deixar apenas o que eu já escrevi, ou seja, uma partícula minúscula do que eu tinha planejado.


Tatiana é linda, mas uma beleza pura, que quase nunca chama a atenção dos rapazes de sua idade. Não é de sair, de ir a bares, festas ou boates. Muito estudiosa e dedicada ao seu curso, tem como segunda casa a Biblioteca da Universidade. Aparentemente uma menina que se concentra totalmente e exclusivamente nos estudos. O que ninguém imagina é que por trás da imagem de boa moça estudiosa, há um vulcão que, apesar de ter dormido durante muitos anos, ultimamente está prestes a entrar em erupção. Após um dia de aula, resolveu ir à biblioteca pegar um livro que o professor havia indicado na aula, chegando lá foi direto aos computadores que indicavam as estantes e os códigos dos livros. Para sua surpresa e decepção, o sistema estava com defeito. Teria de ir diretamente aos bibliotecários. Esperou na fila não muito tempo e já foi chamada:

- Próximo… - Gritou uma voz firme e bela, que fez Tatiana se arrepiar e corar.

- Oi, boa tarde… - Falou quase sussurrando, o dono da voz também era lindo, aparentava uns 27 anos, tinha traços fortes e pesados, barba mal feita, um furo fundo no queixo, rosto quadrado, cara de sério. De seu corpo, não podia ver mais que do tórax pra cima, seus braços eram firmes e seu peito e ombros definidos, Tati, como a chamavam, só faltava babar em cima do bibliotecário. - eu queria pegar um livro, mas o sistema está com defeito…

- Ah… pois é… - Rodolfo percebeu o olhar de Tatiana. Ele já havia observado a menina na biblioteca várias vezes, mas nunca pensou que teria alguma chance de ficar com ela. Ela parecia tão delicada e estudiosa, tão bela e tímida. - Qual é livro que a senhorita procura?

- Chama-se “Anjos e Demônios” do Dan Brown. - Na verdade não era esse, Tatiana cursava matemática, mas quis parecer interessante e soube que esse era um livro interessante. - Tem como achá-lo com o sistema assim?

- Tem sim, eu adoro esse livro, sei onde ele fica, posso te levar lá.

O coração de Tatiana chegou a aumentar discretamente a velocidade. Tinha realmente feito uma boa escolha ao pedir esse livro. O rapaz ia a sua frente conduzindo-a pelas escadas da Biblioteca. Discretamente ela reparou em seu bumbum, ele era lindo, redondo e deu nela uma vontade súbita de apertá-los… “que isso?” pensou Tatiana assustando-se com seus próprios pensamentos. Chegaram ao último andar, seu coração estava ligeiramente disparado, acreditou ser pelo esforço de ter subido as escadas. Rodolfo continuou andando, Tatiana percebeu que nunca tinha ido até essa parte da Biblioteca, as estantes das exatas ficavam em baixo. Esse andar era bem mais silencioso e vazio, não tinha quase ninguém, as estantes eram maiores e mais no canto, portanto se tinha alguém entre elas, era quase impossível de Tatiana ver. Rodolfo a levou até a última estante.

- Pronto, chegamos, ele está por aqui nessa estante. Você está com pressa?

- Não, tenho tempo, minhas aulas acabaram agora.

- Ótimo, porque acho que vamos demorar um pouquinho para achá-lo. Qual é mesmo o seu nome?

- Tatiana e o seu?

- Rodolfo.

Ele sorriu pra ela e estendeu a sua mão direita:

- Muito prazer em lhe conhecer.

Tatiana estendeu a mão também:

- O prazer é meu…

Apertaram-se as mãos e o toque foi quase elétrico. As duas mãos estavam quentes e o cumprimento, pareceu ao dois, demorou séculos. Finalmente soltaram-se as mãos, Tatiana um pouco constrangida e Rodolfo com um ar seguro.

- Vamos começar? - Propôs Rodolfo indo à parte mais baixa da estante e começou a ler título por título.

- Vamos, eu vou até o final e vou começar de lá.

Enquanto Rodolfo procurava o livro, sua mente voava, pensava em todas as vezes que já tinha visto essa garota linda e quantas vezes já imaginou-se com ela, achando que seria somente sonhos. Do outro lado Tatiana estava com a mente igualmente agitada, mas pensando em todas as possibilidades que o final do dia lhe propunha. Não demorou muito eles começaram a se aproximar. Ela percebeu que Rodolfo estava se aproximando mais rapidamente que ela… Suspeitou de que talvez ele soubesse onde estava o livro, mas estava retardando o momento em que finalmente ela o acharia e sairia da biblioteca. Mas depois pensou que seria muita pretensão dela, justo ela que nunca chamou a atenção dos seus colegas de faculdade chamaria a atenção desse homem lindo? Distraída, assustou-se quando percebeu que estava tão próxima de Rodolfo. Ela de repente parou.

- Acho que encontrei, venha ver… Anjos…- …Decaídos, não, não é esse, chama-se Anjos e Demônios.

- Mas deve estar aqui por perto - disse Rodolfo ficando atrás de Tatiana - Veja se consegue achar, lembro-me que a borda era vermelha escrita de dourado. Aqui…

Rodolfo passou o braço por baixo do braço de Tatiana, quase encostando em sua cintura. Tatiana pensou que ele iria abraçá-la por trás, ele estava muito próximo de suas costas e a mão muito próxima de sua barriga, chegou a suspirar e quase fechou os olhos, mas a mão continuou e pegou um livro grande e desgastado já… Rodolfo, que provocou tudo aquilo de propósito, viu que realmente estava com essa mulher linda caída por ele, e resolveu arriscar, não iria se perdoar nunca se deixasse aquela ocasião escapar pelos dedos. Tatiana virou-se sorrindo gentilmente, sua boca estava entre aberta, era bem desenhada e estava com um discreto batom, Rodolfo estava louco pra beijá-la e não conseguiu segurar seu impulso, terminou de virá-la e aproximou-se devagar e gentilmente, permitindo que ela recusasse ou dissesse alguma coisa, mas ela também se aproximou e fechou os olhos. Os dois finalmente se beijaram e foi muito mais intenso do que jamais imaginaram, foi um beijo que começou calmo e em menos de segundos estava mais intenso que qualquer outro beijo que Tatiana se lembrava de ter dado. Quando finalmente pararam, Tatiana percebeu que estava com seu corpo encostado no de Rodolfo. Soltaram-se constrangidamente…

- Desculpa, mas eu não resisti, há meses que eu sonho com esse momento…

- Meses? Nós acabamos de nos conhecer…

- Eu sempre te vejo por aqui. Eu comecei a trabalhar aqui faz 4 meses e desde então você sempre me chamou a atenção. Eu devia ter te falado isso antes, né…

- Não… tudo bem, não to brava nem nada. Só estranho um pouco, porque vc nunca falou comigo?

- Você sempre parecia tão séria, tão reservada, achei que seria falta de respeito, sei lá… - Sorriu timidamente - Estou praticamente realizando um sonho…

Tatiana abriu um sorriso enorme e voltou a beijá-lo…

- mrrum mrrum - Um pigarro forçado fez eles se afastarem assustados. - Rodolfo, estava te procurando.

- Desculpa senhora Dolores, eu vim só buscar um livro…

- Sim, eu vi… - Olhou por cima dos finos óculos para a menina corada que estava ao lado do rapaz - Já achou o livro? Pode voltar para o trabalho então…

- Sim, claro, já estou indo senhora.

A senhora saiu, foi em direção da escada com uma postura impecável.

- Eu saio daqui há uma hora, quero te ver de novo.

- Bom, eu posso te esperar na lanchonete, enquanto isso vou lendo. Não tenho mais nada pra fazer agora.

Os dois sorriram, estavam encantados um com o outro. Desceram pela escada e foram ao balcão para registrar o livro que eles acharam. Tatiana se despediu discretamente. A senhora Dolores estava por perto, não queria criar problemas pro Rodolfo.
Caminhando até a lanchonete da universidade, Tatiana não acreditava em tudo o que acabava de viver, estava escurecendo e sua mente só pensava em tudo o que estava pra acontecer.

28 dezembro 2008

Feliz Ano Novo

Ano novo, época de tomar champagne, fazer simpatias como chupar doze uvas, fazendo um pedido diferente em cada e jogar as sementes por cima da cabeça, chupar 12 sementes de romã e guardar na carteira pra sua carteira nunca ficar vazia, jogar trigo na cabeça e pela casa inteira pra chamar prosperidade e fartura de alimentos para a casa, pular 12 ondas, comer lentinha, só comer animais que vão para frente e nunca galinha que cisca para trás, quebrar pratos brancos na rua e com eles todos os problemas do ano que está indo embora, usar roupas com cores próprias para o que você deseja: amarelo - dinheiro, rosa - amor, vermelho - paixão, branco - paz, azul - harmonia... Tantas e tantas simpatias que nem me lembro de todas agora.
Mas as vezes fico pensando se tudo isso não é uma forma de nos enganarmos, de tentar nos convencer de que tudo isso vai nos dar o empenho, a força de vontade e a determinação que não conseguimos ter durante um ano inteiro para parar de fazer tal coisa ou começar a fazer tal coisa...
Eu não acredito em simpatias. Não que eu não faça as simpatias, eu faço! Tenho o trigo e as sementes de romã do ano passado na minha carteira, mas não acho que o fato de eu ter tido dinheiro e minha carteira cheia durante todo o ano foi por causa das simpatias. Acho que a nossa vida pode ser da forma que nós quisermos. Podemos ser felizes, bem sucedidos, termos muito amor e paixão sem nenhuma simpatia, depende de nós, das nossas escolhas no dia-a-dia, do nosso empenho, da nossa responsabilidade perante um compromisso. Acho que o ano novo serve para descançar, ver restrospectivas na TV e comer tender. O resto, as simpatias, os votos de "nova vida num novo ano 'novinho em folha'", eu não acredito que seja assim.
Quando eu desejo Feliz Ano Novo, estou desejando bom descanço e boas festas.

Feliz Ano Novo.

Inicio da faculdade.

Último texto achado.

O meu tempo parece estar cada vez menos.
Quando mais nova, tinha minhas tarefas da escolinha, como pintar uma gravira, copiar um pedacinho de um texto, fazer um recorte de revistar ou completrar a tabuada do 3. Seja lá o que fosse lembro da quantidade de tempo que eu tinha sobrando pra andar de bicicleta pela praia, rolar no chão com a Areta (minha cadela), pegar diferentes plantas no nosso quintal e ficar fazendo "poções mágicas"... Fui envelhecendo e minhas tarefas foram aumentando, ficando mais complexas e mais demoradas. Durante todo o meu colegial (2004-2006) eu demorava uma tarde inteira até umas 6 da tarde, estudando, fazendo tarefas, fazendo trabalhos. Mas ainda assim, de noite, eu tinha tempo de ir pro clube e nadar até que me pedisse pra sair.
Por que que agora que estou na faculdade não tenho tempo nem pra isso? Parece que minha idade é inversamente proporcional ao meu tempo.

Eu lírico

Mais um texto achado e antigo.

No quarto, deitada na coucha de retalhos, tudo parecia-lhe inofensivo. O fio de luz que conseguiu achar uma fresta entre a cortina, o som que já tocava pela quarta vez o mesmo cd, o papel e a caneta sobre a mesa. Invadiam, sem se desculpar, a escuridão, o silencio e a inércia criativa da menina respectivamente.
Menina linda, era ela. Só quema via sabia realmente de sua beleza. Era uma beleza além da carne, além da pele e dos pelos. Sua beleza vinha de seus olhos e seu sorriso. Só de olhar para ela todos ficavam momentaneamente felizes e sorridentes, como uma magia, um encanto. Era impossível não gostar da menina à primeira vista. Alta, fazia-se ser vista por todos, gostava de chamar a atenção. "Não quero passar em branco pela vida" dizia justificando seu apelo por olhares, sempre concedidos.
Cabelos longos e ondulados, cachos tão grossos e largos, que a partir de um momento, deixavam de ser cachos e viravam uma turbulencia de ondas, seus cabelos eram um mar bravo e revolto, onde poucos tiveram a oportunidade de navegar. Especificamente três. Três corajosos e bravos homens que de tão distantes, davam a ela a impressão fantasmagórica de que nunca existiram e entre eles nada aconteceu.

Mais do mesmo assunto.

Esse foi um dos achados também, mas foi escito antes dos dois anteriores.

Coisas que eu e o Glauco temos em comum:

Milo Manara - Cartunista
Banksy - Londrino que faz grafites polêmicos nas ruas.
São Paulo - Cidade onde nós sempre desejamos morar.
Last FM - Rádio que escutamos todo dia.
Vox - Blog onde nós postamos.
Orkut - Site que nós detestamos mas somos registrados.
Pin-up - Fotos que nós colecionamos e apreciamos.
Fox - Nosso canal de TV favorito.

Coisas que eu e o Glauco não temos em comum:

Música - Eu gosto de música calma, bonitinha, ele prefere eletronica ou rock alternativo.
Cabelo - Ele ama meninas de cabelo curto, eu adoro ter cabelo comprido.
Tatuagem - Ele tem várias e adora, eu sou contra.
Dormir - Eu adoro dormir juntinho, abraçado, ele só dorme se não tiver nada encostando nele.

E isso importa? (L)

Lições

Outro texto dos achados.


Lições que aprendi com o Glauco:

Nunca mais entrar em chats da internet, ou do celular, assim não precisarei mentir.
Nunca mentir sobre uma coisa tão séria, por tanto tempo, para uma pessoa que você gosta tanto.
Não me entregar de cabeça a um relacionamento, pois mesmo contra a sua vontade ele pode acabar, e seu mundo não pode acabar por causa disso.

Glauco

Um dos texto que eu encontrei fala sobre o Glauco. Na época, como verão, eu tinha acabado de "romper relações" com ele.

Não era o amor bobo, puro, cego e infantil que eu sentia pelo Bio. O amor pelo Bio não tinha desejo ou sede de conversa e saber.
Esse era um amor completo, não era platônico, não; era completo: amizade + carinho + admiração + respeito + desejo + orgulho dele + orgulho de ser alguém por quem ele se apaixonou.
Ele é perfeito, inteligente, extrovertido, carinhoso, engraçado, culto, dedicado, responsável, atencioso, não muito romântico, porém não totalmente realista, irônico, sarcástico, com um humor negro delicioso, decidido, sensato, com ambições alcançáveis, metropolitano, charmoso, "quente", sexy, completamente desejável. Não pensa em casar, mas em morar junto. Filhos, nunca pensou seriamente sobre isso, até acha legal, mas não pensa em ter um por agora. Ele estava apaixonado por mim, completamente apaixonado, mas não perdidamente apaixonado, ele continuava sendo ele mesmo sem se desmanchar como uma manteiga ao me ver... não era uma amor descontrolado, imaturo, ele sabia como me amar sem me sufocar e vice-versa. Era um amor de verdade, um amor completo... Depois de 2 relacionamentos por curiosidade, 3 amores platônicos e 1 não-amor platônico, tive finalmente meu amor completo onde amizade, admiração e desejo se juntaram e se formaram em um só sentimento: Amor.
Tudo isso que era maravilhoso, tudo isso que era deliciosamente novo, acabou em 1 hora. Tempo que eu demorei pra contar a ele uma coisa horrível que sustentei durante todo o nosso "relacionamento". Achei que ele entenderia, mas na verdade era tão horrível que acho que nem eu me perdoaria. Hoje completam 2 meses que isso aconteceu e... nossa... como ainda dói.

Textos.

Achei um cardeno, no meio da minha bagunça organizada e nele há varios textos que eu escrevi numa época bem bagunçada da minha vida. Vou postar alguns desses texto.
Não prometo fazer sentido. Mas prometo copiá-lo com fidelidade.

Dança

Desde muito pequena, da época que eu nem me entendia por gente, tenho fotos e notícias de que eu subia no palco do Litoral Clube* e dançava até, com a inocência de uma criança e - como diz a minha mãe - o "sanguinho do meu pai e da minha tia materna". Para canalizar essa vontade de dançar para o erudito, minha mãe me colocou bem nova no balé, apesar de eu gostar, não era bem a minha praia aquele negócio de música lenta, meias finas brancas apertadas e coques no cabelo. Me mudei para Passaromuitos** e lá eu entrei no Jazz. Isso sim era uma delícia de dançar! Música empolgantes e passos super divertidos. Quando voltei pra Uberlândia deixei a dança de lado por um tempo e foquei mais no teatro. Fiz um curso de interpretação com atore da Globo que teve aqui em Uberlândia e tinha muita facilidade pra chorar, falar na frente de cameras, fui super elogiada e fiquei empolgadíssima. Participei de uma peça teatral chamada "Quem matou o Leão?" de Maria Clara Machado interpretando a Mulher Cobra. Mas depois disso começei a engordar por outros problemas que não vêm ao caso agora e não fui mais chamada pra fazer peça alguma. Fiquei anos parada, o único ato artístico que eu procurava fazer era escrever músicas e poesias. Acho que foi o que carregou uma centelha desse "meu lado" até que eu voltasse a dançar. Começei a frequentar um SPA aqui em Uberlandia e lá tem aula de dança de salão com um professor excelente, mas as aulas eram esporádicas e eu sentia falta, sentia que queria mais do que ele dava em uma aula e o contratei para me dar aulas particulares lá no SPA mesmo. Foi fantástico. Acho que nunca avancei tanto em uma dança como na dança de salão. Desde então nunca mais deixei de dançar. Não vivo mais sem a dança. Entrei para uma academia de dança chamada Bailar e pretendo um dia até ser professora.
Entendo que há pessoas que não ligam pra dança e putras até que tem aversão (como é caso da minha mãe). Mas eu simplesmente AMO dançar e isso esteve dentro de mim, desde quando eu nasci.

* Nome fictício para o clube
**Nome fictício para a cidade

23 dezembro 2008

Feliz Natal!


O natal já representou várias emoções pra mim.
Primeiro o medo. Quando eu tinha 1 ano eu vi o Papai Noel pela primeira vez e chorei como nunca havia chorado ao ver alguém. Minha mãe conta que eu me agarrava a ela como se só ela pudesse me proteger daquele monstro barbudo vestido de vermelho. Com dois anos ela já não me levou até ele, mas me trouxe presentes e me contou história de trenó, renas, polo norte e crianças boazinhas.
Aí começou a crença. Acreditava em Papai Noel, escrevia cartinhas pra ele, ia dormir cedo pra que ele pudesse passar em casa (minha mãe dizia que ele só passava na casa de crianças que estivessem dormindo), ficava super elétrica de manhã quando via aqueles presentes embaixo da árvore, teve um dia, que de tanto acreditar, jurei ter visto a bota dele saindo pela minha janela, aquilo foi tão real que às vezes ainda me questiono se não poderia ter sido de verdade.
Depois de um tempo, ache que com uns 8, 9 anos, minha mãe me levou pra comprar meu presente de natal e fui percebendo que era assim que funcionava a magia. Percebi que o Papai Noel era o "Tio Sam" e outros representantes da economia e do comércio mundial que são menos fofinhos e simpáticos que o bom velhinho. Começou a fase família. Já que não tinha Papai Noel, começei a perceber que, mais que presentes, o natal reunia a família todo ano. Na verdade, o Papai Noel passou a ser minha avó paterna, a responsavel por tirar todo mundo de casa no natal e se reunir com pessoas que só viamos de ano em ano.
Até que minha vó morreu e ninguém era tão amigo de todo mundo, como ela, a ponto de continuar tentando reunir a família. Desde então o natal não é nada mais que presenter alguém aqui e ali e comer panetonne de café da manhã com minha mãe e meu irmão. Nada de especial, nada de mágico, nada de nostalgico. É nada mais que um feriado.
Em geral eu sempre adorei o natal, os enfeites, as luzes... E ainda há crianças que acreditam no Papai Noel, outras que curtem a família. Por isso nunca deixo de desejar a todos um Feliz Natal, cheio de presentes, cheio de amor familiar e conjugal, cheio de paz consigo mesmo e com o próximo, cheio de reconciliações ou, como é o meu caso, cheio de conforto, ao lado das únicas pessoas que você tem certeza que você pode contar pro que der e vier.

Feliz natal!

18 dezembro 2008

Férias

Hoje, às 14:00, fiz minha última prova do semestre e estou oficialmente de férias!
Serão dois meses sem me preocupar com matérias incompreendidas, trabalhos, provas, obrigatoriedade, aulas. Dois meses para eu me dedicar à pratica de exrecícios, leituras atrasadas, textos inacabados... Vou aproveitar pra ir ao clube, pegar uma corzinha, enfim, cuidar melhor de mim. Colocar meu sono em dia, visitar amigos antigos, dançar muito, parar de roer unha. Tanta coisa pra fazer e nenhuma pressa, nenhuma preocupação. Eu tinha esquecido de como isso é bom e necessário. Para vocês que lêem esse blog, ótimas férias, ótimo descanço e aproveitem para cuidar melhor de seus interesses também.

16 dezembro 2008

Esquisitice hereditária

http://www.youtube.com/watch?v=o1VMmuck20s

15 dezembro 2008

Auto-escola

Comecei, segunda-feira (08/12) a fazer aulas de direção. Sempre tive a impressão de que me daria bem dirigindo um carro, porque minha mãe e meu pai são ótimos motoristas (isso mesmo, minha mãe! e ela detesta mulher no transito, rss). Mas parece que não é tão fácil quanto parece. Ainda estou confundindo os pedais... o carro morre a cada semáforo... e o condutor é meio impaciente às vezes. Minha mãe disse que é normal e que ela também teve dificuldade na hora de aprender. Eu espero que ela esteja certa. Essa semana está chovendo muito e tenho mais aulas. Espero que daqui algumas aulas eu consiga dominar mais o carro.

Leafar

Pois é... a vida é cheia de surpresas... Quem diria que finalmente alguém que se encaixa no "tipo de homem" me dissesse que poderia se interessar por mim. Ai ai...

Mas não vamos mais pensar sobre isso. Agora quero contar sobre alguém novo para quem só lê o blog e nem tão novo para quem me conhece. Vou chamá-lo de Leafar. Ele é o melhor amigo do namorado da minha melhor amiga (rss). Dia 12/12 (sexta-feira) ele defendeu o trabalho de conclusão de curso dele e eu assisti (fato que me levou a voltar a roer as unhas. =/ ). Foi simplesmente lindo, emocionante, inspirador. O Leafar é um homem de 24 anos, 2 metros de altura, com um sorriso largo e impecável. Na sexta ele usava um terno preto com uma camisa e uma gravata, sapato preto. Cabelos negros, lisos e bem penteados. E falava com uma segurança e uma impostação de voz que fez com que todos da platéia (principalmente eu) ficasse vidrados em cada palavra. Depois de ele apresentar os comentários dos componentes da mesa não poderiam ser melhores. Um disse que ele era um gênio, o outro que ele era brilhante... E no final, depois de tanto suspense. Ganhou a nota máxima (100) com unanimidade! Acho que nunca babei tanto como nesse dia. Foi lindo, e ele estava lindo, muito lindo.

14 dezembro 2008

Maurício*

"Faz de conta que eu sei
Que você é feliz
Faz de conta que eu sei
Que você é o que diz
Faz de conta que eu sei
Que não há cicatriz
Faz de conta que eu sei
Que é tudo verniz
Mas você é o juiz (...)"

O soldado e o anjo - Secos e molhados

Texto escrito dia 5/12/08.

Algo surpreendente aconteceu, confesso que fiquei até zonza por um tempo. Eu fui desvendada! Pela primeira vez alguém conseguiu me desvendar, ou fazer com que eu me desvendasse.
Eu guardo muitos segredos sobre mim, minha infância, minha adolescência e até acho saudável isso. Nunca achei necessidade de falar sobre isso com ninguém e até minha personalidade mudou. O que eu nunca esperava era alguém me perguntar sobre a minha personalidade. Alguém que se interessasse sobre porque eu sou assim, sendo que é normal ser assado... Bom, na verdade esperava um pequeno interesse sim, se não, não teria um blog. Mas além do interesse há questionamento. E isso sim é novo.

Enfim, agora, ao mesmo tempo que me sinto meio vulnerável, meio sem máscaras pra me defender, me sinto também meio livre de finalmente mostrar minha verdadeira face, pelo menos pra uma pessoa. Você deve estar lendo e pensando: "Então vc é uma farsa?" E eu sou obrigada a confessar. Realmente, sou uma farsa... Mas não encaremos por esse lado. Vejamos pelo lado mais positivo disso tudo. Se eu estou contando isso a vocês, eu estou deixando de ser uma farsa, certo?

No mais, só tenho a dizer que estou me sentindo muito bem, parei de roer as unhas parcialmente (parte da razão de eu roe-las é esse disfarce constante, parte é ansiedade), não precisei gastar dinheiro com um psicólogo (rss) e me lembrei do como eu era e como eu verdadeiramente sou, ao longo do tempo eu acho que eu fui esquecendo.

Preparem-se para uma esquisita ainda mais esquisita.

*nome fictício para o alguém desse texto.

Voltei!

Ai que saudades da minha casa!!! Que saudades da minha cama, do meu travesseiro, do meu quartinho, meu note book!!! Saudades da minha mãe e do meu irmão, de almoçar fora!

Bom, vamos com calma, rsss... Minha mãe e meu irmão viajaram para Goiania para que ele prestasse a prova de ingresso no ITA. Para eu não ficar sozinha, me hospedei na casa da minha melhor amiga, a Paola, se lembram? Então, nessa semana meu acesso a internet foi muito restrito, por isso não pude postar algumas coisas que estava querendo postar. Fui muito bem recebida e foi uma semana agradável, mas... não há NADA como a casa da gente.

Agora que voltei, confesso que estou dando mais valor às minhas coisas. À minha mãe, à minha casa...

Agora chega de lero-lero. Vamos aos post atrasaos. ;-)