A Esquisita

Uma menina, com sonhos diferentes das outras meninas; e com hábitos, postura e atitudes bem diferentes também. O que ela vai escrever aqui, às vezes será um sonho, às vezes a realidade ou às vezes só alguma coisa que estava presa nos dedos e escapou sem que ela se desse conta.

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Local: Uberlandia, Minas Gerais, Brazil

12 setembro 2008

Amigos.

É a primeira vez que alguém reconhece que eu sou amiga de outro alguém.

Sempre tive amigos e bons amigos. A primeira amiga de que eu tive notícia, hoje nem lembra que eu existo, é modelo em São Paulo. Depois eu me mudei de cidade e fiz dois amigos lá. Os dois também esqueceram que eu existo... Aí mudei de escola e conheci uma menina. Ela era muito delicada e cordial, sempre companheira e concordando com tudo que eu falava. Eu achei que ela fosse a minha primeira melhor amiga! Eu voltei pra minha cidade e continuamos a nos falar por cartas durante anos... E mantemos contato até hoje! Mas sei que melhor amiga é diferente de ser totalmente submissa a alguém. Chegando aqui, fui para uma escola onde as pessoas, em sua maioria, eram cheias de preconceitos e mimados. Me vi num grupo de oito meninas, todas bem educadas, mas não consegui me adaptar ao estilo de vida delas. Hoje eu eventualmente as vejo na Universidade. Sei que quatro estão namorando, as outras três eu não tenho certeza. Ao mesmo tempo que eu "estive" no grupo, conheçi quatro meninos. Quatro ótimos meninos. Leandro, Lucio, Marcio e Roberto. Depois de alguns anos o Marcio que eu considerava meu melhor amigo, mudou de escola, o Leandro e o Roberto se afastaram. Entrou então o Fernando na escola e ficou muito meu amigo e do Lucio. Hoje nós três ainda somos muito amigos, saímos juntos de vez em quando. No cursinho fui Lamonete e conheçi muita gente, mas foi só na faculdade que realmente tive a minha primeira MELHOR AMIGA.

Nos primeiros dias de aula conheçi um menino, achei que nos daríamos muito bem, o Guliver. Mas depois de um tempo, foram duas meninas, a Jussara e a Maria que me chamaram para entrar no "grupinho" delas. Entrei, e depois de um tempo, entraram mais duas, a Paola e a Primata. Éramos cinco e quatro de nós não gostávamos muito da Primata. Ela então saiu do grupo. Depois uma fofoca fez com que a Jussara também saísse. Ficamos em três, Maria, Paola e eu. Foi assim até a Maria se afastar e preocupar mais com seu namorado, Rubens, do que com os estudos. Assim, finalmente, ficamos só eu e a Paola. Nos aproximamos muito e hoje somos como carne e unha. Sei mais dela que a mãe dela e vice versa, ela sabe de mim bem mais que minha mãe. E foi depois de todo esse processo, depois de todos esses "amigos" que eu finalmente achei alguém que me compreenda e que eu compreendo. Alguém em quem confio plenamente, apóio, repreendo, alguém que me ajuda e que eu me sinto bem ajudando. Foi ontem, no dia 11 de setembro deste ano que um professor de física nos vendo juntas, disse para a Paola - Dê valor na Nika, ela é sua amiga de verdade. - E depois para nós duas, continuou a falar - É difícil ver uma amizade como a de vocês hoje em dia. - E essa, foi a primeira vez que alguém reconhece que eu sou amiga de outro alguém.



(Os nomes neste texto são falsos. Só a primeira letra que é verdade. Melhor assim, para proteger a privacidade de todos.)

03 setembro 2008

Sono

Tenho dormido muito tarde e passado o dia todo com sono.
Tenho estudado muito.
Tenho tido muitos sonhos.
Tenho escutado muito The Format e Architecture in Helsinki.
Tenho escrito muito no meu blog.
Tenho sido muito sincera.
Tenho prestado muita atenção às aulas.
Tenho almoçado bem e jantado mal.
Tenho sentido muita sede.
Tenho sentido muito calor.
Tenho dado muitas risadas.
Tenho emagrecido devagar.
Tenho dormido muito tarde e passado o dia todo com sono.

Sorriso

Meu sorriso me esconde de todo mundo. Me esconde até de mim mesma às vezes. Estou sempre de bom humor, mesmo não estando, estou sempre sendo positiva e otimista mesmo não me sentido assim, mas parece que assim as coisas ficam mais fáceis. Eu chego em casa cansada e estressada, querendo cair na minha cama e ficar assim por no mínimo a noite toda. Mas daí chega a minha mãe mais cansada ainda, falando que teve um dia exausto, que está muitíssimo cansada. Pergunta como foi o meu dia. “Você também está cansada, né... Seus olhos estão até fundos...”. Eu respondo que sim, que foi um dia pesadíssimo e que não estou com ânimo nem pra conversar??? Claro que não!!! Eu sempre digo algo como: “Meu dia foi ótimo! Hoje eu tive aula de ITN, acho que já te falei o tanto que eu adoro essa aula né? Pois é, a aula de física, apesar de mal dada, foi suuuuper engraçada, o professor estava bem-humorado, eu fiz um monte de graças, rsss... Foi ótimo! A minha melhor amiga e eu conversamos e rimos muito! Apesar de eu estar um pouco cansada, o dia passou super rápido e foi bem animado!” E falo tudo isso com muita empolgação e com um habitual sorriso. Não tem recompensa maior do que ver minha mãe, depois de um dia de trabalho exaustivo, sorrir sempre que falo que meu dia foi ótimo! Um sorriso verdadeiro que verdadeiramente tira o meu cansaço por mais cansada que eu esteja. E acho que tira o dela também porque normalmente depois disso vamos jantar e conversamos muito mais, rimos muito juntas, contamos casos, piadas. As coisas ficam realmente mais fáceis!!
Quando eu digo aos outros que eu nunca briguei com meu irmão, não é uma hipérbole! Meu irmão às vezes chega meio estressado em casa e me provoca ou deixa de me fazer um favor, por exemplo. Me dá vontade de gritar, de bater nele, de xingar. Mas ao invés disso, eu simplesmente entendo que é o cansaço e o deixo quieto... Quando ele vem mais animado e sou eu que estou estressada, e vem a mesma vontade de xingar e gritar, eu consigo me controlar e ser gentil, ser carinhosa, e num instante eu não estou mais estressada e estamos brincando e conversando. Me esconder tanto, guardar tanto os meus sentimentos pra mim, me faz sentir melhor no aspecto de convivência, mas ao mesmo tempo me faz procurar outros meio de me expressar, senão eu explodiria. Uma amiga e ex-psicóloga diz que desde quando eu aprendi que as pessoas mudam quando somos gentis com elas, eu comecei a ser gentil 24 horas por dia e foi a época também que comecei a roer as unhas. Ela diz que o único jeito de eu parar de roê-las é me expressar verdadeiramente, sem medo da reação dos outros. Então procurei escrever! E percebi que quando escrevo, além de minhas mãos ficarem ocupadas digitando, eu fico mais calma e relaxada. Desabafar é o que as pessoas fazem durante o dia em pequenas quantidades para diversas pessoas, e é o que eu faço de uma vez só em grande quantidade quando me sento de frente pro meu notebook e escrevo, compulsivamente. Portanto, vou continuar sorrindo e sendo gentil; mantendo um clima agradável à minha volta e fazendo outras pessoas sorrirem!
Sorria você também! Não precisa ser tão radicalmente como eu, que fico 24 horas assim, mas experimente sorrir para um desconhecido, sem você saber, você pode estar dando o primeiro sorriso que ele viu no dia depois de caras rancorosas e severas do seu trabalho estressante. Tire um dia para fazer gentilezas, depois me contem se vocês se sentiram tão leves e felizes quanto eu ao fazerem isso!
:-D

Filhos

(texto escrito antes do texto **** ******)

O ser humano, como todos sabemos, é formado no útero materno. Ao serem formadas as primeiras partes do cérebro, principalmente as de memória, ele passa a ser uma esponja. Absorve tudo o que escuta, tudo o que sente, tudo o que a mãe sente, tudo isso no útero, e é aí que começa a se formar o caráter e a personalidade de um indivíduo. Eu sou completamente apaixonada por MPB e Bossa Nova. Uma explicação pra isso é a minha mãe ter escutado centenas de LP`s durante a gravidez de mim. Outra coisa curiosa e bonitinha que me faz acreditar mais ainda de que o que eu estou escrevendo é verdade é que eu podia estar quietinha na barriga da minha mãe que toda vez que eu escutava a voz do meu pai, quando ele chegava do trabalho, ou quando ele acordava, eu chutava a barriga da minha mãe, ficava agitada e me mexia inteirinha. Até hoje escuto a voz do meu pai a dezenas de metros de distância e consigo identificar que é ele!
Sabendo disso, dá pra se ter uma noção da responsabilidade de ter um novo indivíduo dentro do seu ventre. Imagine como é saber que qualquer coisa que você falar, escutar e até mesmo sentir poderá influenciar diretamente na personalidade de alguém, ainda mais alguém que é o seu filho, que você já ama e quer cuidar antes mesmo de conhecer. Os psicólogos dizem que o caráter de um indivíduo termina de se formar aos sete anos de idade. É inadmissível na minha cabeça, como que alguém que sabe de tudo isso, tem coragem de arriscar ter um filho.
Algumas pessoas vão perguntar: “Quer dizer então que o assaltante, o assassino, o bandido em geral, só é o que é por causa dos pais??”. E a resposta é a mais polêmica e ao mesmo tempo a mais esperada: “Sim! É exatamente isso que estou dizendo. Estou dizendo que se o cidadão é assassino, foi culpa da educação e do exemplo que ele recebeu desde a gravidez até os sete anos, principalmente, e dos sete em diante mudando pouquíssimas coisas no caráter dele”.Isso não é mera suposição, mas um estudo sério feito por pessoas sérias o qual eu tive acesso.
Precisa de mais motivos pra não se ter filhos??? Só de pensar que uma briga boba que eu tiver com meu marido durante a gravidez pode influenciar em se o meu filho vai ser mais feliz ou mais triste, só isso quase me enlouquece. Eu iria querer passar a minha gravidez numa bolha ouvindo músicas calmas e lendo livros bons.
Há outros motivos que me fazem ter ainda mais certeza de que ter filhos é a maior burrada de um ser humano. Por exemplo, o mundo está acabando, a água está acabando, a poluição e as mudanças bruscas de temperatura, vão destruir ainda mais esse planeta e eu não quero que meu filho passe sede, passe calor demais, passe frio demais. Não quero que meu filho sofra além do necessário. Quero que ele sofra de amores, mas nunca de fome, ou queimado pelo calor excessivo! Outro exemplo? Eu não sei se vou conseguir manter meu padrão de vida, não sei se ao casar vou ter como guardar dinheiro pra educação do meu filho. Vai que o mundo não acaba, ele vai precisar estudar em uma boa escola, e hoje em dia, escolas públicas não são boas escolas. E se eu não conseguir atender as necessidades dele. Está cada vez mais complicado arrumar emprego, há cada vez mais pessoas no mundo trabalhando e procurando empregos. Invade novamente o medo de o meu filho passar por algum tipo de necessidade. Se for pra ele sofrer, melhor é não ter!!!
Posso vir a mudar de idéia, mas por enquanto, ter filho é um dos sonhos que pretendo não realizar para o bem dele!

01 setembro 2008

Logic Pix

Eu amo brincar de Logic Pix! Mesmo!! Acho que além de trabalhar com o raciocícinio lógico e com a concentração, descança e relaxa a mente, porque ao brincar disso eu me concentro tanto que esqueço do resto do mundo. Aí vai um site onde é possível fazer pic-a-pix online! Enjoy!

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(postagem bom porca, depois corrigo, mudo o título e reorganizo minhas idéias)

Ontem e hoje (29 e 30 de agosto) eu passei a noite toda sonhando com uma única pessoa. Já me apaixonei antes e nenhuma das vezes sonhei tanto com alguém. Claro que já sonhei com outras pessoas, mas além de ser menos tempo, o sonho também foi diferente. Parece que com essa pessoa eu finalmente consigo me ver morando, tendo um relacionamento duradouro, acho que é alguém que eu gostaria que fosse pai dos meus filhos, que fosse avô dos meus netos. Nunca tinha sentido isso antes. Nunca quis ter filhos. Sempre defendi que não ter filhos é o melhor caminho a se seguir e até já escrevi sobre isso recentemente, mas alguma coisa diferente está acontecendo, minha mãe chama de cegueira para preservar a espécie. Parece que eu finalmente vejo em alguém a imagem de pai. A imagem de um marido companheiro, conselheiro, amigo. Não quero sofrer mais, por isso não vou criar mais falsas esperança, não vou criar esperança nenhuma. Vou deixar o tempo correr e as coisas acontecerem naturalmente. Será que finalmente eu encontrei o homem que vai estar ao meu lado até que um de nós morramos? Seja lá o que for, sei que não é fraco o que eu estou sentindo, sei que esse sentimento vai ficar em mim por um longo tempo. Todo homem que eu conheço não tem a mesma graça, o mesmo charme, a mesma beleza simples e contagiante, o mesmo sorriso sincero. Quero ele ao meu lado em todos os momentos da minha vida, dando a sua opinião sincera, me apoiando em minhas decisões.

Responsabilidade

Responsabilidade é uma das palavras que está custando a descer pela minha goela, vou ser obrigada a engulir isso a seco, vai ter que descer de uma forma ou outra, eu tenho tentado fujir, mais uma hora vai ter de descer, vou ter que encarar. Acho que parte dessa dificuldade deve-se à minha educação, minha mãe nunca me exigiu nada além do que uma menina na minha idade deve fazer. Sempre me cobrou muito nos estudos, sempre me incentivou a conseguir boas notas e a construir um futuro com base na minha formação educacional. “Com estudo, você consegue tudo na vida, minha filha”, é o que eu tenho escutado por 18 anos. É pra isso que eu fui educada, foi assim que eu fui criada. Por isso a responsabilidade de um trabalho está parecendo tão forçada guela a baixo.
No primeiro semestre de 2008 eu fui monitora da matéria de (nome retirado por motivos de provacidade) na minha universidade. Foi meu primeiro “trabalho”, foi até remunerado! Eu adorei quando começou, amei ensinar exercícios dessa matéria, até porque eu amo essa matéria. Mas então o professor orientador me deu trabalho dos alunos pra corrigir e eu corrigi, confesso que com medo de errar, e o pior aconteceu, eu errei a correção de um exercício. Eu fiquei com tanta vergonha, eu quis morrer, meu primeiro emprego e eu falho! A minha sorte foi que eu tive um ótimo professor orientador que me acalmou e me convenceu de que não era o fim do mundo.
Tudo o que aconteceu só me faz correr ainda mais de responsabilidades! Tendo o dever de passar nas matérias que eu estou inscrita na Universidade eu já me sinto com responsabilidade suficiente para o que eu dou conta. Infelizmente eu só fui perceber isso tudo depois de ter aceito fazer um trabalho com uns dos professores mais antigos, renomados e exigentes da minha universidade. Era pra eu ter entregue isso já para ele, mas eu ainda nem sei quando vou resolver essa questão. O pior é que não depende só de mim, tem um colega que deveria estar fazendo comigo. Parece que a responsabilidade foi tão pesada pra ele quanto foi para mim. Seja lá como for que essa história acaba, pelo menos serviu de apredizagem para muita coisa em minha vida que não vem ao caso agora. Falo sobre isso em uma próxima vez.

Homens I

(Escrito em um momento de revolta, por isso não leve tão a sério o final)

Eu me atraio por homens cultos, me interesso no momento em quem abrem a sua boca para falar algo, me apaixonei por apenas dois homens em toda a minha vida. Nunca cheguei nem perto de ter alguma coisa com eles além de amizade. O primeiro, eu era imatura demais e fiz uma grande burrada. Ele tem mágoa de mim até hoje por isso. O segundo simplesmente não quer nada comigo. Ambos namoram hoje. O que eles têm em comum? Apenas uma coisa, a cultura, o conteúdo, a conversa que além de distrair, instrui. De resto eles são totalmente contrários. Depois de duas tentativas frustradas de ter um relacionamento, pensei que era exigente demais e resolvi dar oportunidade a outras pessoas, talvez eu estivesse ao lado dela todo esse tempo mas não dava espaço para ela se aproximar. Parei de procurar e estava totalmente disponível. Conheçi uma pessoa, nos falávamos muito pouco, parecia ser legal, era muito bonito e etc. Achei que estava indo tudo muito bem. Até que tivemos nossa primeira conversa longa e sobre assuntos mais culturais, música, teatro, cinema, enfim, que desastre... Ele não tinha o menor conteúdo nescessário para se manter uma conversa por mais de 10 minutos. Achei que isso seria até relevável, mas não foi, perdi completamente o interesse nele. Nem uma pontinha de vontade de vê-lo novamente apareceu. Percebi então que conteúdo é algo escenssial para que eu me interesse por alguém. Ter ou não conteúdo é como o meu interesse ter ou não motor. Há os catalizadores (beleza, dinheiro, família, romantismo, inteligência), mas sem o motor, os catalizadores não servem pra nada! Parei agora realmente de procurar. E agora também não estou mais disponível, a não ser que apareça alguém muito culto, vou continuar sozinha que é o melhor que eu faço. E se ao longo dos anos eu continuar achando homens fúteis vou casar-me com livros, revistas, cds e peças teatrais, pois eles têm o que eu procuro em um parceiro: Cultura! E muita!

F I M