A Esquisita

Uma menina, com sonhos diferentes das outras meninas; e com hábitos, postura e atitudes bem diferentes também. O que ela vai escrever aqui, às vezes será um sonho, às vezes a realidade ou às vezes só alguma coisa que estava presa nos dedos e escapou sem que ela se desse conta.

Minha foto
Nome:
Local: Uberlandia, Minas Gerais, Brazil

03 setembro 2010

I want this too!



Trecho de "Uma linda mulher"

Edward: So what you want?
Vivian: I want the fairy tale.

18 julho 2010

Eu quero!

09 junho 2010

Pensando em Você

Eu estou pensando em você.
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
É quando não me sinto só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos verões
Com o desenho das maçãs
E com você me sinto bem

Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.

Paulinho Moska

19 outubro 2009

Aniversário



Depois vou atualizar isso aqui...
Blog temporário novo:
http://listadepresentesdanika.blogspot.com/

08 junho 2009

Mãe

Minha mãe andou fazendo planos para se mudar. Por motivos profissionais ela resolveu ir morar em Joinville. Conversou com a funcionária lá de casa, olhou um apartamento, comprou um carro pra mim, fez as contas e deu tudo como o planejado. O apartamento é do lado da UFU pra que ficasse mais perto pra mim e pro meu irmão irmos pra faculdade. Aí surge o primeiro problema:

Meu irmão ainda não está na faculdade. Pois é. Ele quer Engenharia Mecânica e convenhamos que não é tão facil passar quanto Matemática. Está no cursinho e se ele não passar minha mãe já disse que os planos dela vão todos por água a baixo e ela vai continuar aqui.

E o segundo "problema" é que abriu mestrado na faculdade de Direito da UFU. E lógico que com um mestrado em mãos ela vai ser muito melhor recebida em Joinville. Presta a prova da primeira fase quarta-feira(10) e a segunda fase ainda não sei. Mas se ela passar também vai ficar aqui enquanto acabar.

Não posso dizer que foi ficar triste se ela se mudar de Uberlândia, mas também não posso dizer que não a desejo sucesso em seu mestrado.
Bom. É esperar pra ver.

29 abril 2009

Sumida!!!

Blog abandonado, criando teias de aranha. Sorry.

Bom, tenho estudado mais que tudo e isso S-E-M-P-R-E muda a sua rotina, atrapalha em alguns compromissos e meu único consolo é pensar que no final vai ter retorno desse tempo dedicado.
Meu espanhol tá uma zona, estive faltando, deixei de fazer prova. Um rolo só.
Minhas noites estão cada vez mais curtas. Estudo de madrugada e quando eu deito pra dormir parece que o tempo resolve andar mais rápido. Não sei se já aconteceu com vocês, mas assim que eu caio no sono tá na hora de acordar. Nem vejo a noite passar, não tenho sonhado, etc.
O Gustavo e o Murilo me dão pequenas alegrias diárias, com conversas, brincadeiras e risadas. A Jéh tem sido minha tábua nesse mar revolto de problemas e compromissos. Parece que quando vou à banca, saio um pouco desse mundo tumultuado. Obrigada Jéssica por isso e pelo presente (AMEI!!!).
Na área amorosa, esqueçam, tenho sinceras dúvidas se vou ter tempo pra pensar nisso nos próximos 3 anos. Lógico que meu coração quase sai pela boca quando o vejo (ainda) mas nem chego a pensar sobre nada. Não dá tempo!
A única coisa que tenho feito quase como uma terapia é cantar. Estou no coral, lembram? E tem sido ótimo, melhorei muito minha voz, tenho me soltado mais. Autamente relaxante e revigorante. Quem quiser me ver, todo domingo às 19:00.
Correria total, stress total, tensão total. Dia a dia puxado como nunca. Mas...

Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
Com toda a cama, com toda a lama
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa chama
Mesmo com todo o emblema, todo o problema
Todo o sistema, todo Ipanema
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa gema
Mesmo com o nada feito, com a sala escura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
Mesmo com o todavia, com todo dia
Com todo ia, todo não ia
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa guia
Mesmo com todo rock, com todo pop
Com todo estoque, com todo Ibope
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando esse toque
Mesmo com toda sanha, toda façanha
Toda picanha, toda campanha
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa manha
Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa rima
Mesmo com toda cédula, com toda célula
Com toda súmula, com toda sílaba
A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai dourando essa pílula !


Chico Buarque

17 março 2009

Injeção Cultural

Que delícia!!!! Hoje a noite eu fui ao teatro Rondon Pacheco e assisti a duas apresentações. Uma do Danislau Também (MG) chamada Star Putz e um recital com Chacal (RJ). Só agora que eu percebi o quanto eu estava precisando disso.

Foi como receber uma injeção de cultura, uma injeção de ânimo, foi ótimo lembrar que ainda existe criatividade poética, que existem novas poesias inteligentes, polêmicas, belas e emocionates. Mas como toda injeção, o corpo demora a se acostumar. Minha cabeça saiu de lá com aquela dorzinha quando você estuda muito ou pensa demais sobre algo. Eu me desacostumei com a literatura e o teatro me prendendo demais à matemática. Até os livros de histórias e romances tinha matemática. A consequência foi que apenas 1 hora de pura poesia e arte deixaram meu cérebro um pouco assustado, mas muito, muito satisfeito! É uma pena eu não pode ir nos próximos shows, oficinas e apresentações do mesmo naipe.

07 março 2009

Quero...

Cansei... eu finalmente quero a minha vida. Quero a minha casa, o meu carro, o meu trabalho, as minhas regras...
Quero exercer o meu juízo, eu detesto boates e não tenho a mínima vontade de ir, mas quero ter a liberdade de ir, indo ou não.
Tive de ir a um aniversário do filho de um colega de trabalho da minha mãe e nem eu, nem ela, estávamos afim de ir nessa festa. Quando questionei por que estávamos indo, ela respondeu que era por mim. Ela precisava ser cordial com a colega, porque é essa colega que a ajuda no trabalho e ela precisa do trabalho pra me sustentar. Eu quero sair pra onde eu quero e principalmente, não sair pra onde não quero. Quero trabalhar porque eu amo o que faço e não pra sustentar meus filhos, quero ir em aniversários de pessoas queridas e não de pessoas que podem ser úteis.
Quero ir dormir porque tenho sono e não porque as pessoas querem dormir e precisam que apague a luz. Quero poder deixar meu quarto como eu quiser, quero decorar minha casa do meu jeito, quero poder trabalhar e/ou estudar a hora que quiser, quero escutar minhas músicas em qualquer altura...
Quero a minha vida, a minha própria vida.

03 março 2009

Voltei

Eeeee... voltei do acampamento com a corda toda e fui convidada pro coral!
Voltei às aulas e amei perceber que lá é um lugar do qual sinto saudades. Tava com saudades do ambiente acadêmico, de ver os estudantes e professores transitando pelo campus, de ver o 3Q cheio. Foi um dia ótimo, vi um monte de gente que tava com saudades, dei um monte de abraços apertados e coversei com a Paola como se nós não nos víssemos a anos, rss.

19 fevereiro 2009

Do fundo do meu cérebro

"Estou apaixonada por você, do fundo do meu cérebro!"

Por menos romântico que isso seja, acho que é assim que as pessoas deveriam falar para as outras. Porque é assim que é o certo. O coração não ama, não sente, não pensa... Mas o cérebro sim e manifesta isso no coração e nas outras partes do nosso corpo. As mãos suam frio, o coração bate rápido, seu estômago parece fazer um nó dentro de você ou esfriar como se tivesse borboletas dentro dele, as pernas tremem, os olhos piscam com mais frequência, a boca seca e parece não querer ficar fechada por muito tempo. Tudo isso, todo o corpo, não produz essas ações por estar apaixonado, mas são reações, pelo cérebro estar apaixonado.

16 fevereiro 2009

Voltando aos antigos hábitos

Parece que a minha vida voltou ao normal... Voltei a acordar cedo, voltei a postar no blog, voltei às aulas de direção, voltei a caminhar, fazer exercícios e academia... Parei de ficar acordada a madrugada toda, parei de conversar tão intensamente com O Esquisito, mas não vou parar de me sentir como descrevi antes. Continuo me sentindo bem comigo mesma, continuo sendo abordada por rapazes, continuo achando que devo ser mais eu mesma e menos o que os outros esperam de mim.

Só ainda não sei se "voltar ao normal" é tão bom quanto o que havia antes.

Homenagem

http://www.youtube.com/watch?v=U-hkCicE37Q

01 fevereiro 2009

Irmão

Eu amo muito meu irmão... muito mesmo. Acho que sou a pessoa que mais o amo e quero tudo de melhor na vida dele. Ele é a única pessoa que sabe absolutamente tudo sobre mim, é a pessoa que eu confio, e que deposita sua confiança em mim. É quem me apóia e busca apoio em mim. E eu faço o possível e o impossível para que ele seja feliz. Fico sempre alerta pra que ele não caia em nenhum buraco, sempre orientando, sempre guiando, mas não é sempre que conseguimos evitar tudo.
Ontem eu briguei com ele e minha mãe não deixou eu terminar de falar o que eu estava falando. Depois que ela dormiu eu finalmente pude conversar com ele como estamos acostumados a conversar. Eu voltei a brigar com ele, falei tudo o que eu precisava falar, expliquei os meus motivos e disse que não me arrependo de brigar com ele, porque se eu brigo é só pro bem dele, nunca vai ser pra menosprezá-lo ou magoá-lo. Ele entendeu e concordou comigo e eu percebi que só brigo com ele porque eu sinceramente o amo. E ela só escuta a minha falação porque confia em mim e sabe que o que eu faço é com a intenção de proteje-lo e orientá-lo.
A gente se entende, entende com gritos ou sussurros e minha mãe ainda não percebeu isso.

24 janeiro 2009

Conclusões

Eu nunca me achei muito atraente.
Quando eu era mais nova e magrinha eu não tinha desenvolvido meu corpo e não gostava de ter a perna fina demais, não ter seios, cintura... etc.
Depois de uns anos, junto com a puberdade veio o sobrepeso e passei a achar tudo grande demais. Enfim, eu nunca fui uma menina confiante, que me achasse linda e andasse na rua sem me preocupar com o que os outros achavam de mim.
Exceto em dois momentos da minha vida:
Quando eu fiz 15 anos, viajei até a casa da minha tia em Curitiba, estava com um novo corte de cabelo, pela primeira vez tinha cortado a minha franja, estava muito bem vestida e estava indo pra um lugar onde ninguém me conhecia, onde os meninos não tinham nenhuma impressão ao meu respeito. Durante a minha estadia em Curitiba, aproveitei pra passear muito, com roupas de frio (que adoro), visitando museus, teatros, shoppings, estava me sentindo uma pessoa totalmente diferente de quem eu era em Uberlândia. Estava me sentindo mais confiante, melhor comigo mesma e sem me preocupar, sinceramente, com o que qualquer pessoa estivesse pensando sobre mim. Foi nesse momento tão bom da minha vida que eu conheci o Gilberto. E ele era um menino fantástico, um principe encantado tirado dos contos de fadas, romantico, compreensivo, respeitoso e via em mim essa menina segura e confiante. Foi nesse contexto que eu dei meu primeiro beijo. E foi o melhor beijo que já dei em toda a minha vida e eu não sei se foi por causa do momento, de como eu estava me sentido ou de tudo o que ele me passava ser.
Voltei pra minha vidinha em Uberlândia, convivendo com as mesmas pessoas de antes e deixei pra trás, junto com o Gilberto, a menina que o conquistou. Voltei a ser cabisbaixa, insegura...
Há cinco dias venho conversando com O Esquisito que tem despertado em mim a menina que fui em Curitiba. Que tem me elogiado e assim trazendo de volta minha confiança e segurança. Que tem me mostrado algo que eu havia esquecido desde quando eu tinha 15 anos: Eu sou uma menina por quem os outros podem se interessar.
Hoje quando eu voltei da auto escola eu estava me sentindo bem, não estava cabisbaixa e nem tímida. E eu fiquei surpresa com a quantidade de rapazes que me olharam e mexeram comigo até eu chegar em casa.
Depois de refletir sobre isso eu finalmente percebi que eu sempre fui do mesmo jeito, a única coisa que mudou foi a postura. Antes a minha postura era de "sou feia, não olha pra mim" e nesses dois casos a postura foi de "eu to bem comigo mesma, não ligo se quiser olhar pra mim".
Fiquei sinceramente feliz e até aliviada com essa conclusão. E quero, a partir de hoje, manter essa postura. Quero tentar me sentir bem sempre, independente do que acontecer a minha volta e das pessas que me rodearem.

22 janeiro 2009

Assustadoramente realizada

Desde segunda-feira (19) à noite eu venho conversado com alguém que eu nem sei como descrever. E esse alguém esteve aberto para escutar minhas opiniões mais estranhas e incomuns. Por mais surpreendente que isso possa parecer, ele concordou com elas (ou pelo menos com a maioria) e me incentivou a ser eu mesma, a continuar pensando como sempre pensei, a agir da forma que sempre quis agir... Isso tudo apesar de me deixar muito realizada e muito bem comigo mesma, também me assustou, me chocou e me surpreendeu.
Vou chamá-lo aqui de O Esquisito e sei que não será a ultima vez que falarei sobre ele.

Mudando de assunto...

O livro tá realmente empacado, sorry...

Boas férias a todos.

18 janeiro 2009

Amélie Poulain

Anna Luísa era uma menina que se intitulava "sorridente e prestativa" e fazia de tudo para continuar assim. Um dia quando acordou, fez como de costume, tomou seu banho, tomou o seu iogurte/remédio, pegou seu celular e saiu de casa. O dia já tinha amanhecido, ligou o fone em seu celular e começou a ouvir The Format no volume máximo. Chegou ao ponto de ônibus e foi até o terminal central de sua cidade. Chegando lá foi até o ponto do ônibus que a levaria até a universidade onde estudava. Algumas pessoas a olhavam curiosas quando ela se balançava e cantava (sem voz, só mexendo a boa, mas mexendo como se estivesse cantando BEM ALTO) as músicas de uma das suas bandas preferidas. O ônibus chegou e ela entrou, todos os seus atos eram praticamente automáticos. Ela fazia isso todos os dias, no mesmo horário. Desceu no ponto em frente a sua Universidade e caminhou até o bloco 3Q. Chagando lá foi automaticamente até a banca do Seu João. Desligou a música do seu celular e meio que "desativou o piloto automático".

- Bom dia Seu João!

- Bom dia Anna!

- Tudo bem com o senhor?

- Tudo indo... e com você? Parece mais alegre e sorridente que nos outros dias... O que foi?

Anna Luísa não tinha reparado nisso até aquela hora, realmente, naquele dia em especial, estava feliz naturalmente, estava sorridente espontaneamente.

- Nada... normal.

Sorriu naturalmente e reparou em uma foto que estava em cima do balcão. Na foto havia um rapaz com uns 25 anos, loiro e muito bonito, com uma criança, uma menina, com 1 ano e meio... 2 anos, no colo.

- Seu João?

- Diga Anna.

- Alguém esqueceu essa foto aqui?

- Foi, parece que esqueceu hoje.

- Eu acho que eu conheço esse moço. Posso entregar a foto para ele se eu o ver?

- Pode sim. Por favor.

Na verdade Anna nunca tinha o visto antes, mas sentiu uma vontade súbita de entregar aquela foto para ele. Ela começou a imaginar que aquela poderia ser sua filha, sua irmã, sua sobrinha, alguém que ele amasse, para carregar a foto deles na carteira. Era quase uma obrigação devolver essa foto a ele. Imaginou o quanto ele estaria triste de perder essa foto...

- Cadê a Paula, Anna?

- Não sei, deve estar na aula.

- E a senhorita não está na aula por quê?

- É porque eu já passei nessa matéria. Eu tive ela semestre passado de tarde, e agora ela é de manhã... E a Paula não passou.

- Entendi.

- Bom Seu João, eu vou lá. Ainda não tomei café da manhã.

- Tá bom Anna. Até mais tarde.

- Até Seu João.

Depois disso Anna Luísa continuou seu dia normalmente. E se passaram semanas, mas todas as vezes que ela mexia na carteira ela via aquela foto. Quase dois meses depois, Anna Luísa voltava com Paula do restaurante Baretos, onde tinham almoçado. Quando estavam passando em frente ao banco, quase chegando ao 3Q, um carro estacionou ao lado delas e Anna Luísa reconheceu o rapaz da foto.

- Paula, vem cá.

- Você conhece ele?

- Conheço. Vou só falar com ele. É rapidinho.

O carro parou e o rapaz saiu olhando para ela, curioso do porque que ela estava parada, olhando para ele.

- Qual o seu nome?

Ele respondeu, mas ela não se lembra mais, na verdade não importava o nome, ela estava maravilhada demais com aquele momento. Começou a mexer na mochila, procurando sua carteira. Ele devia estar com pressa porque perguntou se ela queria lhe falar alguma coisa. Ela continuou a mexer na mochila e finalmente encontrou sua carteira. Abriu, pegou a foto dele e entregou a ele.

- Esse é você, ?

- Sou sim. - Ele estava com uma expressão de que estava muito surpreso - Onde conseguiu essa foto?

- Na banca de revista.

- Nossa, muito obrigado, achei que tinha perdido na rua, pra sempre. Como é seu nome mesmo?

- Anna Luísa.

- Muito obrigado Anna.

Aquele foi um dos melhores momentos de sua vida e vai se lembrar dele pro resto da vida. Meses depois viu um filme chamado "O fabuloso destino de Amélie Poulain". Nunca se identificou tanto com o filme. Saiu e foi até a loja mais próxima e comprou o dvd desse filme. Virou seu filme preferido!

Projeto Professor Lemos

Desde novembro do ano de 2008 minha mãe me fala sobre um senhor que escreve muito e me deu um texto dele para ler. Eu li, gostei e criei um blog para ele, mesmo sem seu prévio conhecimento e consentimento. Passado um tempo, minha mãe encontrou com esse senhor e comentou com ele que eu criei um blog para ele e postei o texto que ele tinha dado a ela. Ele ficou tão feliz, tão empolgado e realizado. Ele não entende nada sobre Internet, como mexer, como usar o mouse, etc, e sempre quis divulgar os textos que escrevia. No mesmo dia ele veio até a minha casa, mostrei o blog para ele e ele me trouxe dezenas de outros texto. Desde então estou dispondo parte do meu tempo para postar textos desse senhor que se chama Professor Roberto Lemos. Para quem quiser ler o blog dele aqui vai o link: http://blogdoprofessorlemos.blogspot.com/

Internet

A Internet virou quase uma fuga, um meio de não ter que conviver com as pessoas da sua casa. Cada um na sua, vendo pelo monitor aquilo que lhes interessa e mais nada. Quando estamos “on-line” perdemos a noção do tempo, a noção das nossas obrigações e de nossos compromissos. O compromisso e a obrigação de ser cordial e gentil com todos que moram com você.
No sábado, dia 17, houve uma pane na CTBC e ficamos sem Internet em um dia sem compromissos. Foi o caos… Meu irmão foi mais esperto e foi ao clube. Mas eu e minha mãe ficamos em casa. Primeiro assistimos um pouco de televisão, depois eu pensei melhor e percebi que tudo o que eu faço na Internet pode ser feito sem ela! E voei para o meu notebook, coloquei um cd para tocar e abri o word para escrever. Já minha mãe dormiu um pouco e quando acordou estava totalmente entediada, e se lembrou de horas e compromisso… Começou a me chamar para ligar pra fulano e dizer tal coisa, ligar pra ciclano e perguntar outra coisa. Me tirou do “paraíso” para coisas totalmente desnecessárias e adiáveis. Não gosto de ser grossa e tratar mal as pessoas, mas quando ela pediu pra eu ligar pro meu irmão, alguém que eu conhecia, vi a possibilidade de externalizar tudo o que estava sentindo. Meu irmão, claro, não tinha culpa de nada, aliás, ninguém tinha. Mas eu falei com ele como se estivesse falando com a pessoa mais odiável da face da Terra. Minha mãe percebeu, comentou qualquer coisa que eu não prestei atenção e não me chamou mais. Apesar de aliviada me arrependi e resolvi escrever esse texto para me justificar e me sentir melhor. E funcionou.

09 janeiro 2009

Sumisso


É verdade. Eu realmente ando sumida. Confesso que essas são as férias com mais aulas que eu já tive em toda a minha vida. Eu voltei às aulas de direção na auto-escola, voltei às aulas de dança, estou acordando todos os dias às 6 da manhã, indo à igreja, depois por volta de 7 e meia vou pro Parque do Sabiá (as imagens são de lá), caminho durante 50 minutos, 1 hora... Enquanto caminho vou apreciando a paisagem, pensando bastante sobre muita coisa na minha vida, escutando meu mp4 com músicas de boa qualidade e animadoras. Volto pra casa e tem milhões de coisas pra fazer.
Todas as vezes que eu entro de férias, sirvo como companhia pra minha mãe e eu só lembrei disso quando ela começou a me solicitar pra sair com ela, ir fazer compras, ir ao banco, fazer pagamentos... Ela mesma diz: "É tão bom fazer minhas coisas com companhia... o tempo passa e a gente ná percebe..." Por um lado eu adoro, adoro estar com ela, conversar, dar risada... Mas por outro lado, eu queria muito ficar em casa, escrever um pouco... Minha mãe contratou uma massagista que vem todos os dias me "socar", depois vem a aula de direção, depois a aula de dança... No final do dia eu estou morta, só quero ir pra cama, nem e-mail eu andei vendo... E no dia seguinte tudo de novo... Acordo às 6 da manhã.
Hoje minha mãe não me chamou cedinho e quando acordei e olhei no relógio eram 11 e meia da manhã, ela não me chamou pra lugar nenhum, não fui a aula de dança nem de direção. Aproveitei pra cuidar das minhas coisas, procurar minhas músicas, ler meus e-mails, responder meus scraps no Orkut e agora, no final da noite, sem o habitual sono por ter levantado cedo, escrever no meu blog. Com tanta coisa o livro voltou a empacar, perdoem-me por isso, não foi proposital.
Bom espero que estejam todos aproveitando as férias. Abraços.

01 janeiro 2009

Livro (3)

Tatiana sentou-se numa das mesas vazias da lanchonete. Folheou o livro, leu o prólogo, mas não conseguiu ler mais, sua mente estava tão agitada que não dava espaco para ela se concentrar no livro, ficava montando possíveis futuros com Rodolfo ou lembrando de como aconteceu, de frases dele como: "...há meses que eu sonho com esse momento..." ou "você sempre me chamou a atenção..." ou ainda "...quero te ver de novo...". Tati não acreditava que aquilo fosse verdade, só podia ser um sonho, uma miragem. Se distraiu tanto com os pensamentos que nem percebeu o tempo passar. Rodolfo a avistou de longe, ela era inconfundível, o livro estava aberto na mesa, mas ela olhava pra frente, com um olhar perdido, totalmente distraído e um sorriso discreto nos lábios. Ele foi se aproximando mais devagar... quando estava quase na mesa ela finalmente o viu.

- Oi... - Disse Rodolfo num tom cauteloso. Tati abriu um sorriso enorme mostrando seu dentes bem alinhados e brancos. Ele adorava aquela boca perfeita, aqueles lábios delicados. - Posso sentar aqui com você?

- Claro... Fique a vontade.

Rodolfo se sentou ao lado dela.

- Gostando do livro?

- Na verdade ainda não li quase nada. Acabei ficando distraída.

- Mesmo? Distraída com o que? No que estava pensando?

- Em você... - Logo seu rosto corou - ...no que aconteceu...

- Ei, não precisa ficar com vergonha de mim! Você é daqui mesmo?

- Sou sim, nasci aqui, fui criada no sul e depois voltei. E você?

- Eu sou de São Paulo, São Carlos, conhece?

- Só de ouvir falar. Sei que tem a USP lá, talvez daqui há uns anos eu preste mestrado lá.

- Bom, faça isso! Faz faculdade de que?

- Matemática, e você? O que faz além de trabalhar lá na Biblioteca?

- Faço faculdade de letras, to no último semestre.

- Que bom, eu ainda estou no primeiro.

- Primeiro? Quantos anos têm?

- 18. E você?

- 25. Sou velho demais pra você?

- Se você fosse, eu não estaria aqui te esperando, estaria?

- É, acho que não... Tem compromisso agora? Quero te levar pra tomar um sorvete no parque, quer ir?

- Quero sim, mas tenho que estar em casa antes das 10, minha mãe é super rigorosa...

- Ok, sem problemas, eu to de carro, te deixo em casa, pode ser?

- Pode sim, obrigada.

- Não precisa agradecer, linda, o prazer é meu... E é bom que eu já fico sabendo onde você mora...
Rodolfo se levantou e estendeu a mão para Tatiana, que sorridente correspondeu ao gesto. Foram de mãos dadas, à pé até o parque que ficava bem perto da universidade. Tati se sentia andando nas nuvens, acabara de conhecer Rodolfo e já se sentia tão íntima dele. Quem olhava de longe, vendo os dois tão próximos, andando de mãos dadas, indo ao parque tomar sorvete, iria pensar que eles são namorados há algum tempo. No caminho se falaram pouco, Rodolfo segurava a mão de Tatiana e a acariciava de vez em quando, ou beijando sua mão, ou a abraçando pelo ombro, beijando seu cabelos. Estavam tão apegados um ao outro...

Finalmente chegaram no parque. Tatiana logo viu meninos andando de skate, lembrou que seu irmão poderia estar alí e tentou evitar um possível encontro. Como seu irmão era mais velho, poderia arrumar confusão com Rodolfo e essa era a última coisa que Tatiana queria que acontecesse. Foram logo ao quiosque de sorvete que ficava do outro lado do parque, Tatiana escolheu cereja e Rodolfo flocos. Sentaram lá perto, em um banco em baixo de uma árvore, de costas para o resto do parque.
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Henrique e Augusto se encontraram no parque como haviam combinado, encontraram outros amigos e começaram a andar de skate.

- Rique, - modo como Augusto costumava chamar seu amigo - eu vou no quiosque de sorvete comprar uma água, você quer que eu compre uma pra você?

- Não, valeu Guto.

Chegando no quisque Augusto ouviu uma risada que o deixou arrepiado, reconheceria aquela risada no meio de uma multidão de gente conversando. Começou a procurá-la, a menina dos seus sonhos, olhou nos bancos em volta, no meio do parque... Só parou quando lembrou que tinha um banco atrás da última árvore do parque. Resolveu ir lá e fazer uma surpresa a ela. Foi se aproximando devagar, e quanto mais se aproximava, mais percebia que era realmente ela. Viu seus cabelos, seu ombro, a viu de prefil, tomando sorvete de cereja... Mas quando se aproximou mais viu um outro rapaz ao lado dela.

"Deve ser só um amigo, vou lá mesmo assim." - pensou Augusto se aproximando um pouco mais. Mas o que ele viu em seguida o paralisou. Tatiana, a menina que ele amava estava beijando outra pessoa... Enquanto eles não pararam de se beijar, Augusto não conseguia se mecher, dentro dele havia um turbilhão de emoções. Raiva, ciúmes, inveja, decepção, conformismo, revolta... Só voltou a si quando ouviu Henrique lhe chamar.

- Guto! Te chamei umas quatro vezes, cara. Tá onde? No mundo da Lua?

Augusto deu um sorriso forçado, não falou nada para Henrique porque não queria tocar naquele assunto.

- Tá tudo bem? Essa água sua deve ter alguma coisa... Você voltou com uma cara...

- Tá tudo bem sim Rique. Vamos andar mais e parar de lero-lero? Garanto que ganho de você até aquele poste!

- Aaa, mas não ganha mesmo...

E os dois sairam correndo. Augusto só queria esquecer aquela cena por um tempo.

31 dezembro 2008

Livro (2)

Augusto estava em casa, olhou para o espelho e viu um rapaz de 19 anos, sem coragem pra se declarar para a menina que ama a tantos anos. Mas ele era bem mais que isso. Era um rapaz estudioso, responsável, sincero, bom amigo, bom filho, uma boa pessoa. Era alto, tinha um cabelo castanho claro, que as vezes ficava ruivo no sol, olhos verdes escuros, traços finos... Era alvo de cobiça entre muitas meninas. Mas só conseguia pensar em uma, que nunca o olhou como homem, mas senpre como um "amiguinho do meu irmão". Sua atenção ao espelho foi tirada com o celular tocando. Pelo horário tinha quase certeza de que era o seu melhor amigo Henrique e acertou em cheio.

- E aí Henrique! Tudo bem, cara?

- Bom demais e você?

- Bem! E aí? O que manda?

- Cara, tava pensando da gente dar uma volta de skate no parque, o que você acha?

- Beleza então, te encontro lá daqui meia hora, falou?

- Fechado! Até mais, abraço!

- Até!

Henrique e Augusto era amigos desde quando se entendiam por gente. Fizeram do pré ao 3o colegial juntos. A dona Eliane, mãe de Henrique, sempre aprovou a amizade dos dois, ficou muito amiga da dona Ana Maria, mãe de Augusto e ficava muito tranquila quando sabia que o filho estava com Augusto. Logo após terminar o colégio, Henrique prestou o vestibular para Direito na universidade federal da cidade. Augusto sabia que não era isso que ele queria, mas dona Ana Maria sempre quis ter um filho envolvido nessa área, e seu melhor amigo estava indo prestar esse curso... Tudo estava voltado a favor do Direito, era como se ele não tivesse escolha, como se o "destino" quisesse assim, então prestou também e ambos passaram. Fez um ano de aulas no curso e estava simplesmente detestando, só serviu para perceber que ele realmente não deveria fazer aquilo. Foi muito difícil pra dona Ana ouvir do filho que ia largar a faculdade pra prestar Matemática. A última coisa que queria era um filho professor de escola pública, recebendo 1 ou 2 salários do governo. Mas teve de acabar aceitando e entendendo o filho. Augusto prestou novamente o vestibular, mas agora muito mais realizado e feliz. No primeiro dia de aula levou um susto que o deixou ainda mais feliz. A menina que ele era apaixonado, a irmã do seu melhor amigo, também prestara e passara em Matemática, eles agora seriam da mesma sala, ele viu uma chance de se aproximar dela e quem sabe, finalmente ter coragem de se declarar. Passados quatro meses que ele pensou em tudo isso, ele realmente se aproximou da garota dos seus sonhos, mas a coragem de se declarar nunca chegou e fatalmente foi se transformando em "melhor amigo" dela, daqueles amigos pra quem nós contamos as nossas frustações, nossos desejos, nossas paixões... A coisa que ele mais detestava era ouvir dela: "Conheci um menino tão legal ontem..." Ao mesmo tempo que ele morria de ciúmes, ele queria estar próximo dela, ouvir o dia-a-dia dela...
Naquele dia ele se despediu dela no final da aula, ela falou que ia até a biblioteca pegar um livro e ele ao invés de ir com ela (como era a sua vontade), resolveu ir pra casa. Chegando em casa, ao se ver no espelho, finalmente tomou uma decisão: "Vou me declarar pra ela amanhã! Aconteça o que acontecer...".
Pegou seu skate e foi se encontrar com Henrique na praça, como o combinado.

30 dezembro 2008

Continuarei!

Ok, como as únicas pessoas que lêem meu blog ultimamente (Anônimo e Claiton) pediram pra eu continuar a história, continuarei. Mas não vai ser bem um livro, porque acho que demoraria muito, eu teria que me dedicar muito, fazer pesquisas, pensar numa história melhor estruturada, colocar mais detalhes, enfim, acho que vão ter só uns 5 ou 6 capítulos e olha que estou sendo otimista, rss.
Eu já tinha pensado na história antes então vai ser mais tranquilo de escrever, mas provavelmente vai ser menos rápido que o primeiro capitulo.
E eu agradeço as palavras de incentivo e elogio dos dois, muito gentis. [:-)]

Aguardem...

29 dezembro 2008

Livro (1)

Sempre quis escrever um livro e no final do ano passado eu decidi fazer isso. Comecei super empolgada mas assim que começaram as aulas e eu comecei a dar monitoria, o livro foi por água a baixo. Eu lembro que na época eu tinha feito um blog pra ele e iria escrever os capítulos post a post. Isso já faz um ano e fuçando no meu computador me deparo com o blog. Até me surpreendi ao ler de novo. Cheguei a escrever um capítulo inteiro. Acho que se eu tivesse continuado o livro teria algumas partes meio picantes, mas como não continuei...
Bom, um dia, quem sabe, eu posso voltar a escreve-lo. Por agora vou deixar apenas o que eu já escrevi, ou seja, uma partícula minúscula do que eu tinha planejado.


Tatiana é linda, mas uma beleza pura, que quase nunca chama a atenção dos rapazes de sua idade. Não é de sair, de ir a bares, festas ou boates. Muito estudiosa e dedicada ao seu curso, tem como segunda casa a Biblioteca da Universidade. Aparentemente uma menina que se concentra totalmente e exclusivamente nos estudos. O que ninguém imagina é que por trás da imagem de boa moça estudiosa, há um vulcão que, apesar de ter dormido durante muitos anos, ultimamente está prestes a entrar em erupção. Após um dia de aula, resolveu ir à biblioteca pegar um livro que o professor havia indicado na aula, chegando lá foi direto aos computadores que indicavam as estantes e os códigos dos livros. Para sua surpresa e decepção, o sistema estava com defeito. Teria de ir diretamente aos bibliotecários. Esperou na fila não muito tempo e já foi chamada:

- Próximo… - Gritou uma voz firme e bela, que fez Tatiana se arrepiar e corar.

- Oi, boa tarde… - Falou quase sussurrando, o dono da voz também era lindo, aparentava uns 27 anos, tinha traços fortes e pesados, barba mal feita, um furo fundo no queixo, rosto quadrado, cara de sério. De seu corpo, não podia ver mais que do tórax pra cima, seus braços eram firmes e seu peito e ombros definidos, Tati, como a chamavam, só faltava babar em cima do bibliotecário. - eu queria pegar um livro, mas o sistema está com defeito…

- Ah… pois é… - Rodolfo percebeu o olhar de Tatiana. Ele já havia observado a menina na biblioteca várias vezes, mas nunca pensou que teria alguma chance de ficar com ela. Ela parecia tão delicada e estudiosa, tão bela e tímida. - Qual é livro que a senhorita procura?

- Chama-se “Anjos e Demônios” do Dan Brown. - Na verdade não era esse, Tatiana cursava matemática, mas quis parecer interessante e soube que esse era um livro interessante. - Tem como achá-lo com o sistema assim?

- Tem sim, eu adoro esse livro, sei onde ele fica, posso te levar lá.

O coração de Tatiana chegou a aumentar discretamente a velocidade. Tinha realmente feito uma boa escolha ao pedir esse livro. O rapaz ia a sua frente conduzindo-a pelas escadas da Biblioteca. Discretamente ela reparou em seu bumbum, ele era lindo, redondo e deu nela uma vontade súbita de apertá-los… “que isso?” pensou Tatiana assustando-se com seus próprios pensamentos. Chegaram ao último andar, seu coração estava ligeiramente disparado, acreditou ser pelo esforço de ter subido as escadas. Rodolfo continuou andando, Tatiana percebeu que nunca tinha ido até essa parte da Biblioteca, as estantes das exatas ficavam em baixo. Esse andar era bem mais silencioso e vazio, não tinha quase ninguém, as estantes eram maiores e mais no canto, portanto se tinha alguém entre elas, era quase impossível de Tatiana ver. Rodolfo a levou até a última estante.

- Pronto, chegamos, ele está por aqui nessa estante. Você está com pressa?

- Não, tenho tempo, minhas aulas acabaram agora.

- Ótimo, porque acho que vamos demorar um pouquinho para achá-lo. Qual é mesmo o seu nome?

- Tatiana e o seu?

- Rodolfo.

Ele sorriu pra ela e estendeu a sua mão direita:

- Muito prazer em lhe conhecer.

Tatiana estendeu a mão também:

- O prazer é meu…

Apertaram-se as mãos e o toque foi quase elétrico. As duas mãos estavam quentes e o cumprimento, pareceu ao dois, demorou séculos. Finalmente soltaram-se as mãos, Tatiana um pouco constrangida e Rodolfo com um ar seguro.

- Vamos começar? - Propôs Rodolfo indo à parte mais baixa da estante e começou a ler título por título.

- Vamos, eu vou até o final e vou começar de lá.

Enquanto Rodolfo procurava o livro, sua mente voava, pensava em todas as vezes que já tinha visto essa garota linda e quantas vezes já imaginou-se com ela, achando que seria somente sonhos. Do outro lado Tatiana estava com a mente igualmente agitada, mas pensando em todas as possibilidades que o final do dia lhe propunha. Não demorou muito eles começaram a se aproximar. Ela percebeu que Rodolfo estava se aproximando mais rapidamente que ela… Suspeitou de que talvez ele soubesse onde estava o livro, mas estava retardando o momento em que finalmente ela o acharia e sairia da biblioteca. Mas depois pensou que seria muita pretensão dela, justo ela que nunca chamou a atenção dos seus colegas de faculdade chamaria a atenção desse homem lindo? Distraída, assustou-se quando percebeu que estava tão próxima de Rodolfo. Ela de repente parou.

- Acho que encontrei, venha ver… Anjos…- …Decaídos, não, não é esse, chama-se Anjos e Demônios.

- Mas deve estar aqui por perto - disse Rodolfo ficando atrás de Tatiana - Veja se consegue achar, lembro-me que a borda era vermelha escrita de dourado. Aqui…

Rodolfo passou o braço por baixo do braço de Tatiana, quase encostando em sua cintura. Tatiana pensou que ele iria abraçá-la por trás, ele estava muito próximo de suas costas e a mão muito próxima de sua barriga, chegou a suspirar e quase fechou os olhos, mas a mão continuou e pegou um livro grande e desgastado já… Rodolfo, que provocou tudo aquilo de propósito, viu que realmente estava com essa mulher linda caída por ele, e resolveu arriscar, não iria se perdoar nunca se deixasse aquela ocasião escapar pelos dedos. Tatiana virou-se sorrindo gentilmente, sua boca estava entre aberta, era bem desenhada e estava com um discreto batom, Rodolfo estava louco pra beijá-la e não conseguiu segurar seu impulso, terminou de virá-la e aproximou-se devagar e gentilmente, permitindo que ela recusasse ou dissesse alguma coisa, mas ela também se aproximou e fechou os olhos. Os dois finalmente se beijaram e foi muito mais intenso do que jamais imaginaram, foi um beijo que começou calmo e em menos de segundos estava mais intenso que qualquer outro beijo que Tatiana se lembrava de ter dado. Quando finalmente pararam, Tatiana percebeu que estava com seu corpo encostado no de Rodolfo. Soltaram-se constrangidamente…

- Desculpa, mas eu não resisti, há meses que eu sonho com esse momento…

- Meses? Nós acabamos de nos conhecer…

- Eu sempre te vejo por aqui. Eu comecei a trabalhar aqui faz 4 meses e desde então você sempre me chamou a atenção. Eu devia ter te falado isso antes, né…

- Não… tudo bem, não to brava nem nada. Só estranho um pouco, porque vc nunca falou comigo?

- Você sempre parecia tão séria, tão reservada, achei que seria falta de respeito, sei lá… - Sorriu timidamente - Estou praticamente realizando um sonho…

Tatiana abriu um sorriso enorme e voltou a beijá-lo…

- mrrum mrrum - Um pigarro forçado fez eles se afastarem assustados. - Rodolfo, estava te procurando.

- Desculpa senhora Dolores, eu vim só buscar um livro…

- Sim, eu vi… - Olhou por cima dos finos óculos para a menina corada que estava ao lado do rapaz - Já achou o livro? Pode voltar para o trabalho então…

- Sim, claro, já estou indo senhora.

A senhora saiu, foi em direção da escada com uma postura impecável.

- Eu saio daqui há uma hora, quero te ver de novo.

- Bom, eu posso te esperar na lanchonete, enquanto isso vou lendo. Não tenho mais nada pra fazer agora.

Os dois sorriram, estavam encantados um com o outro. Desceram pela escada e foram ao balcão para registrar o livro que eles acharam. Tatiana se despediu discretamente. A senhora Dolores estava por perto, não queria criar problemas pro Rodolfo.
Caminhando até a lanchonete da universidade, Tatiana não acreditava em tudo o que acabava de viver, estava escurecendo e sua mente só pensava em tudo o que estava pra acontecer.

28 dezembro 2008

Feliz Ano Novo

Ano novo, época de tomar champagne, fazer simpatias como chupar doze uvas, fazendo um pedido diferente em cada e jogar as sementes por cima da cabeça, chupar 12 sementes de romã e guardar na carteira pra sua carteira nunca ficar vazia, jogar trigo na cabeça e pela casa inteira pra chamar prosperidade e fartura de alimentos para a casa, pular 12 ondas, comer lentinha, só comer animais que vão para frente e nunca galinha que cisca para trás, quebrar pratos brancos na rua e com eles todos os problemas do ano que está indo embora, usar roupas com cores próprias para o que você deseja: amarelo - dinheiro, rosa - amor, vermelho - paixão, branco - paz, azul - harmonia... Tantas e tantas simpatias que nem me lembro de todas agora.
Mas as vezes fico pensando se tudo isso não é uma forma de nos enganarmos, de tentar nos convencer de que tudo isso vai nos dar o empenho, a força de vontade e a determinação que não conseguimos ter durante um ano inteiro para parar de fazer tal coisa ou começar a fazer tal coisa...
Eu não acredito em simpatias. Não que eu não faça as simpatias, eu faço! Tenho o trigo e as sementes de romã do ano passado na minha carteira, mas não acho que o fato de eu ter tido dinheiro e minha carteira cheia durante todo o ano foi por causa das simpatias. Acho que a nossa vida pode ser da forma que nós quisermos. Podemos ser felizes, bem sucedidos, termos muito amor e paixão sem nenhuma simpatia, depende de nós, das nossas escolhas no dia-a-dia, do nosso empenho, da nossa responsabilidade perante um compromisso. Acho que o ano novo serve para descançar, ver restrospectivas na TV e comer tender. O resto, as simpatias, os votos de "nova vida num novo ano 'novinho em folha'", eu não acredito que seja assim.
Quando eu desejo Feliz Ano Novo, estou desejando bom descanço e boas festas.

Feliz Ano Novo.

Inicio da faculdade.

Último texto achado.

O meu tempo parece estar cada vez menos.
Quando mais nova, tinha minhas tarefas da escolinha, como pintar uma gravira, copiar um pedacinho de um texto, fazer um recorte de revistar ou completrar a tabuada do 3. Seja lá o que fosse lembro da quantidade de tempo que eu tinha sobrando pra andar de bicicleta pela praia, rolar no chão com a Areta (minha cadela), pegar diferentes plantas no nosso quintal e ficar fazendo "poções mágicas"... Fui envelhecendo e minhas tarefas foram aumentando, ficando mais complexas e mais demoradas. Durante todo o meu colegial (2004-2006) eu demorava uma tarde inteira até umas 6 da tarde, estudando, fazendo tarefas, fazendo trabalhos. Mas ainda assim, de noite, eu tinha tempo de ir pro clube e nadar até que me pedisse pra sair.
Por que que agora que estou na faculdade não tenho tempo nem pra isso? Parece que minha idade é inversamente proporcional ao meu tempo.

Eu lírico

Mais um texto achado e antigo.

No quarto, deitada na coucha de retalhos, tudo parecia-lhe inofensivo. O fio de luz que conseguiu achar uma fresta entre a cortina, o som que já tocava pela quarta vez o mesmo cd, o papel e a caneta sobre a mesa. Invadiam, sem se desculpar, a escuridão, o silencio e a inércia criativa da menina respectivamente.
Menina linda, era ela. Só quema via sabia realmente de sua beleza. Era uma beleza além da carne, além da pele e dos pelos. Sua beleza vinha de seus olhos e seu sorriso. Só de olhar para ela todos ficavam momentaneamente felizes e sorridentes, como uma magia, um encanto. Era impossível não gostar da menina à primeira vista. Alta, fazia-se ser vista por todos, gostava de chamar a atenção. "Não quero passar em branco pela vida" dizia justificando seu apelo por olhares, sempre concedidos.
Cabelos longos e ondulados, cachos tão grossos e largos, que a partir de um momento, deixavam de ser cachos e viravam uma turbulencia de ondas, seus cabelos eram um mar bravo e revolto, onde poucos tiveram a oportunidade de navegar. Especificamente três. Três corajosos e bravos homens que de tão distantes, davam a ela a impressão fantasmagórica de que nunca existiram e entre eles nada aconteceu.

Mais do mesmo assunto.

Esse foi um dos achados também, mas foi escito antes dos dois anteriores.

Coisas que eu e o Glauco temos em comum:

Milo Manara - Cartunista
Banksy - Londrino que faz grafites polêmicos nas ruas.
São Paulo - Cidade onde nós sempre desejamos morar.
Last FM - Rádio que escutamos todo dia.
Vox - Blog onde nós postamos.
Orkut - Site que nós detestamos mas somos registrados.
Pin-up - Fotos que nós colecionamos e apreciamos.
Fox - Nosso canal de TV favorito.

Coisas que eu e o Glauco não temos em comum:

Música - Eu gosto de música calma, bonitinha, ele prefere eletronica ou rock alternativo.
Cabelo - Ele ama meninas de cabelo curto, eu adoro ter cabelo comprido.
Tatuagem - Ele tem várias e adora, eu sou contra.
Dormir - Eu adoro dormir juntinho, abraçado, ele só dorme se não tiver nada encostando nele.

E isso importa? (L)

Lições

Outro texto dos achados.


Lições que aprendi com o Glauco:

Nunca mais entrar em chats da internet, ou do celular, assim não precisarei mentir.
Nunca mentir sobre uma coisa tão séria, por tanto tempo, para uma pessoa que você gosta tanto.
Não me entregar de cabeça a um relacionamento, pois mesmo contra a sua vontade ele pode acabar, e seu mundo não pode acabar por causa disso.

Glauco

Um dos texto que eu encontrei fala sobre o Glauco. Na época, como verão, eu tinha acabado de "romper relações" com ele.

Não era o amor bobo, puro, cego e infantil que eu sentia pelo Bio. O amor pelo Bio não tinha desejo ou sede de conversa e saber.
Esse era um amor completo, não era platônico, não; era completo: amizade + carinho + admiração + respeito + desejo + orgulho dele + orgulho de ser alguém por quem ele se apaixonou.
Ele é perfeito, inteligente, extrovertido, carinhoso, engraçado, culto, dedicado, responsável, atencioso, não muito romântico, porém não totalmente realista, irônico, sarcástico, com um humor negro delicioso, decidido, sensato, com ambições alcançáveis, metropolitano, charmoso, "quente", sexy, completamente desejável. Não pensa em casar, mas em morar junto. Filhos, nunca pensou seriamente sobre isso, até acha legal, mas não pensa em ter um por agora. Ele estava apaixonado por mim, completamente apaixonado, mas não perdidamente apaixonado, ele continuava sendo ele mesmo sem se desmanchar como uma manteiga ao me ver... não era uma amor descontrolado, imaturo, ele sabia como me amar sem me sufocar e vice-versa. Era um amor de verdade, um amor completo... Depois de 2 relacionamentos por curiosidade, 3 amores platônicos e 1 não-amor platônico, tive finalmente meu amor completo onde amizade, admiração e desejo se juntaram e se formaram em um só sentimento: Amor.
Tudo isso que era maravilhoso, tudo isso que era deliciosamente novo, acabou em 1 hora. Tempo que eu demorei pra contar a ele uma coisa horrível que sustentei durante todo o nosso "relacionamento". Achei que ele entenderia, mas na verdade era tão horrível que acho que nem eu me perdoaria. Hoje completam 2 meses que isso aconteceu e... nossa... como ainda dói.

Textos.

Achei um cardeno, no meio da minha bagunça organizada e nele há varios textos que eu escrevi numa época bem bagunçada da minha vida. Vou postar alguns desses texto.
Não prometo fazer sentido. Mas prometo copiá-lo com fidelidade.

Dança

Desde muito pequena, da época que eu nem me entendia por gente, tenho fotos e notícias de que eu subia no palco do Litoral Clube* e dançava até, com a inocência de uma criança e - como diz a minha mãe - o "sanguinho do meu pai e da minha tia materna". Para canalizar essa vontade de dançar para o erudito, minha mãe me colocou bem nova no balé, apesar de eu gostar, não era bem a minha praia aquele negócio de música lenta, meias finas brancas apertadas e coques no cabelo. Me mudei para Passaromuitos** e lá eu entrei no Jazz. Isso sim era uma delícia de dançar! Música empolgantes e passos super divertidos. Quando voltei pra Uberlândia deixei a dança de lado por um tempo e foquei mais no teatro. Fiz um curso de interpretação com atore da Globo que teve aqui em Uberlândia e tinha muita facilidade pra chorar, falar na frente de cameras, fui super elogiada e fiquei empolgadíssima. Participei de uma peça teatral chamada "Quem matou o Leão?" de Maria Clara Machado interpretando a Mulher Cobra. Mas depois disso começei a engordar por outros problemas que não vêm ao caso agora e não fui mais chamada pra fazer peça alguma. Fiquei anos parada, o único ato artístico que eu procurava fazer era escrever músicas e poesias. Acho que foi o que carregou uma centelha desse "meu lado" até que eu voltasse a dançar. Começei a frequentar um SPA aqui em Uberlandia e lá tem aula de dança de salão com um professor excelente, mas as aulas eram esporádicas e eu sentia falta, sentia que queria mais do que ele dava em uma aula e o contratei para me dar aulas particulares lá no SPA mesmo. Foi fantástico. Acho que nunca avancei tanto em uma dança como na dança de salão. Desde então nunca mais deixei de dançar. Não vivo mais sem a dança. Entrei para uma academia de dança chamada Bailar e pretendo um dia até ser professora.
Entendo que há pessoas que não ligam pra dança e putras até que tem aversão (como é caso da minha mãe). Mas eu simplesmente AMO dançar e isso esteve dentro de mim, desde quando eu nasci.

* Nome fictício para o clube
**Nome fictício para a cidade

23 dezembro 2008

Feliz Natal!


O natal já representou várias emoções pra mim.
Primeiro o medo. Quando eu tinha 1 ano eu vi o Papai Noel pela primeira vez e chorei como nunca havia chorado ao ver alguém. Minha mãe conta que eu me agarrava a ela como se só ela pudesse me proteger daquele monstro barbudo vestido de vermelho. Com dois anos ela já não me levou até ele, mas me trouxe presentes e me contou história de trenó, renas, polo norte e crianças boazinhas.
Aí começou a crença. Acreditava em Papai Noel, escrevia cartinhas pra ele, ia dormir cedo pra que ele pudesse passar em casa (minha mãe dizia que ele só passava na casa de crianças que estivessem dormindo), ficava super elétrica de manhã quando via aqueles presentes embaixo da árvore, teve um dia, que de tanto acreditar, jurei ter visto a bota dele saindo pela minha janela, aquilo foi tão real que às vezes ainda me questiono se não poderia ter sido de verdade.
Depois de um tempo, ache que com uns 8, 9 anos, minha mãe me levou pra comprar meu presente de natal e fui percebendo que era assim que funcionava a magia. Percebi que o Papai Noel era o "Tio Sam" e outros representantes da economia e do comércio mundial que são menos fofinhos e simpáticos que o bom velhinho. Começou a fase família. Já que não tinha Papai Noel, começei a perceber que, mais que presentes, o natal reunia a família todo ano. Na verdade, o Papai Noel passou a ser minha avó paterna, a responsavel por tirar todo mundo de casa no natal e se reunir com pessoas que só viamos de ano em ano.
Até que minha vó morreu e ninguém era tão amigo de todo mundo, como ela, a ponto de continuar tentando reunir a família. Desde então o natal não é nada mais que presenter alguém aqui e ali e comer panetonne de café da manhã com minha mãe e meu irmão. Nada de especial, nada de mágico, nada de nostalgico. É nada mais que um feriado.
Em geral eu sempre adorei o natal, os enfeites, as luzes... E ainda há crianças que acreditam no Papai Noel, outras que curtem a família. Por isso nunca deixo de desejar a todos um Feliz Natal, cheio de presentes, cheio de amor familiar e conjugal, cheio de paz consigo mesmo e com o próximo, cheio de reconciliações ou, como é o meu caso, cheio de conforto, ao lado das únicas pessoas que você tem certeza que você pode contar pro que der e vier.

Feliz natal!

18 dezembro 2008

Férias

Hoje, às 14:00, fiz minha última prova do semestre e estou oficialmente de férias!
Serão dois meses sem me preocupar com matérias incompreendidas, trabalhos, provas, obrigatoriedade, aulas. Dois meses para eu me dedicar à pratica de exrecícios, leituras atrasadas, textos inacabados... Vou aproveitar pra ir ao clube, pegar uma corzinha, enfim, cuidar melhor de mim. Colocar meu sono em dia, visitar amigos antigos, dançar muito, parar de roer unha. Tanta coisa pra fazer e nenhuma pressa, nenhuma preocupação. Eu tinha esquecido de como isso é bom e necessário. Para vocês que lêem esse blog, ótimas férias, ótimo descanço e aproveitem para cuidar melhor de seus interesses também.

16 dezembro 2008

Esquisitice hereditária

http://www.youtube.com/watch?v=o1VMmuck20s

15 dezembro 2008

Auto-escola

Comecei, segunda-feira (08/12) a fazer aulas de direção. Sempre tive a impressão de que me daria bem dirigindo um carro, porque minha mãe e meu pai são ótimos motoristas (isso mesmo, minha mãe! e ela detesta mulher no transito, rss). Mas parece que não é tão fácil quanto parece. Ainda estou confundindo os pedais... o carro morre a cada semáforo... e o condutor é meio impaciente às vezes. Minha mãe disse que é normal e que ela também teve dificuldade na hora de aprender. Eu espero que ela esteja certa. Essa semana está chovendo muito e tenho mais aulas. Espero que daqui algumas aulas eu consiga dominar mais o carro.

Leafar

Pois é... a vida é cheia de surpresas... Quem diria que finalmente alguém que se encaixa no "tipo de homem" me dissesse que poderia se interessar por mim. Ai ai...

Mas não vamos mais pensar sobre isso. Agora quero contar sobre alguém novo para quem só lê o blog e nem tão novo para quem me conhece. Vou chamá-lo de Leafar. Ele é o melhor amigo do namorado da minha melhor amiga (rss). Dia 12/12 (sexta-feira) ele defendeu o trabalho de conclusão de curso dele e eu assisti (fato que me levou a voltar a roer as unhas. =/ ). Foi simplesmente lindo, emocionante, inspirador. O Leafar é um homem de 24 anos, 2 metros de altura, com um sorriso largo e impecável. Na sexta ele usava um terno preto com uma camisa e uma gravata, sapato preto. Cabelos negros, lisos e bem penteados. E falava com uma segurança e uma impostação de voz que fez com que todos da platéia (principalmente eu) ficasse vidrados em cada palavra. Depois de ele apresentar os comentários dos componentes da mesa não poderiam ser melhores. Um disse que ele era um gênio, o outro que ele era brilhante... E no final, depois de tanto suspense. Ganhou a nota máxima (100) com unanimidade! Acho que nunca babei tanto como nesse dia. Foi lindo, e ele estava lindo, muito lindo.

14 dezembro 2008

Maurício*

"Faz de conta que eu sei
Que você é feliz
Faz de conta que eu sei
Que você é o que diz
Faz de conta que eu sei
Que não há cicatriz
Faz de conta que eu sei
Que é tudo verniz
Mas você é o juiz (...)"

O soldado e o anjo - Secos e molhados

Texto escrito dia 5/12/08.

Algo surpreendente aconteceu, confesso que fiquei até zonza por um tempo. Eu fui desvendada! Pela primeira vez alguém conseguiu me desvendar, ou fazer com que eu me desvendasse.
Eu guardo muitos segredos sobre mim, minha infância, minha adolescência e até acho saudável isso. Nunca achei necessidade de falar sobre isso com ninguém e até minha personalidade mudou. O que eu nunca esperava era alguém me perguntar sobre a minha personalidade. Alguém que se interessasse sobre porque eu sou assim, sendo que é normal ser assado... Bom, na verdade esperava um pequeno interesse sim, se não, não teria um blog. Mas além do interesse há questionamento. E isso sim é novo.

Enfim, agora, ao mesmo tempo que me sinto meio vulnerável, meio sem máscaras pra me defender, me sinto também meio livre de finalmente mostrar minha verdadeira face, pelo menos pra uma pessoa. Você deve estar lendo e pensando: "Então vc é uma farsa?" E eu sou obrigada a confessar. Realmente, sou uma farsa... Mas não encaremos por esse lado. Vejamos pelo lado mais positivo disso tudo. Se eu estou contando isso a vocês, eu estou deixando de ser uma farsa, certo?

No mais, só tenho a dizer que estou me sentindo muito bem, parei de roer as unhas parcialmente (parte da razão de eu roe-las é esse disfarce constante, parte é ansiedade), não precisei gastar dinheiro com um psicólogo (rss) e me lembrei do como eu era e como eu verdadeiramente sou, ao longo do tempo eu acho que eu fui esquecendo.

Preparem-se para uma esquisita ainda mais esquisita.

*nome fictício para o alguém desse texto.

Voltei!

Ai que saudades da minha casa!!! Que saudades da minha cama, do meu travesseiro, do meu quartinho, meu note book!!! Saudades da minha mãe e do meu irmão, de almoçar fora!

Bom, vamos com calma, rsss... Minha mãe e meu irmão viajaram para Goiania para que ele prestasse a prova de ingresso no ITA. Para eu não ficar sozinha, me hospedei na casa da minha melhor amiga, a Paola, se lembram? Então, nessa semana meu acesso a internet foi muito restrito, por isso não pude postar algumas coisas que estava querendo postar. Fui muito bem recebida e foi uma semana agradável, mas... não há NADA como a casa da gente.

Agora que voltei, confesso que estou dando mais valor às minhas coisas. À minha mãe, à minha casa...

Agora chega de lero-lero. Vamos aos post atrasaos. ;-)

23 novembro 2008

Indecisa!

Indecisa? Pode ser...

Sexta me chamaram de indecisa. Que eu me lembre pela primeira vez. Nunca me achei indecisa. Sempre tive minhas opiniões formadas sobre tudo, mas pelo que percebi sexta, tenho várias opiniões formadas diferentes sobre uma mesma coisa.

Por exemplo. Filhos: Quero ter filhos, quero a emoção de ser mãe, quero a dádiva de amamentar, quero saber como é educar alguém, ve-lo crescer, ter exito profissional, me amar incondicionalmente... Mas também não quero ter filhos, não quero correr o risco de não ter o que dar a comer a uma criança que está sob a minha responsabilidade, não quero no futuro sofrer porque acabou a água do planeta e não tenho o que dar de beber ou de comer ao meu filho, ou sofrer por não poder dar uma boa educação escolar a ele. São duas opiniões formadas. Duas certezas que eu tenho! Casamento: Quero muito casar, escolher um vestido lindo, ficar num salão de beleza por horas, super ansiosa, entrar numa igreja linda, toda enfeitada, ver o homem que eu amo me esperando, ovir ele dizer: "Sim, aceito Anna Luísa como minha legítima mulher". Fazer uma festa com todos os meus amigos, viajar para uma lua-de-mel linda, namorar bastante, jantar em lugares romanticos com aquela sensação de "vida nova"... Mas também não quero casar, não quero que um relacionamento entre o homem que eu amo e eu caia na rotina, ou ele se sinta confortável demais sabendo que eu sou dele pra sempre que esqueça de me valorizar ou o contrário, eu deixe de me valorizar por saber que sou dele pra sempre. Quero que a pessoa que estiver do meu lado esteja comigo por que quer estar, que não se sinta preso. Quero me aprontar bem linda quando estiver preste a vê-lo e nunca deixar que ele me veja descabelada ou desdeixada por muito tempo. Quero viver um eterno namoro, com eternas inseguranças e ao mesmo tempo, eterna paixão que reascende a cada encontro, a cada surpresa. Não quero nunca esgotar meu assunto com ele. Outras duas certezas que eu tenho... Outras duas opiniões contrárias formadas.

Bom, no final das contas, acabei ficando indecisa sobre se eu sou ou não indecisa...

Cuidado com a vida.

Preciso me cuidar... Preciso cuidar melhor da minha saúde.

Hoje, dia 23 de novembro, depois do almoço, quase tive um infarto. Dor no peito, do lado esquerdo. Falta de ar, dor no pescoço, respiração ofegante, taque-cardia. Minha mãe me levou pra fazer um eletro, e parece que foi um taque-cardia normal, causado por subistancia excitante que eu comi despois do almoço, chocolate. Ela falou que devo ter sofrido um stress durante a semana e quando eu relaxei e comi um chocolate, meu coração não aguentou. Se eu tivesse tomado um energético tinha infartado e um infarto com menos de 21 anos é fatal.

Isso é no mínimo preocupante. Minha mãe disse que se eu morrer, ela me mata! Tudo isso só ficou um pouco pior por causa do meu perímetro abdominal. Eu detesto isso. Detesto que o prazer da comida atrapalhe na minha vida, na minha saúde, nos meus relacionamentos. Mas... Fazer o que... Vou ter que deixar de lamentar e começar urgente um exercício físico. Parar com os chocolates, refrigerantes e outras substancias excitante. Vida regrada. E saudável. É... parece chato também. Mas quero viver mais um tempo, até dizer que já fiz tudo o que queria fazer.

12 novembro 2008

Sobre a importancia do egoismo no dia-a-dia

Egoísmo (ego + ismo) é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona.

O egocentrismo caracteriza-se pela fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência para todas as relações e fatos. Uma pessoa egoísta pode não ser egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os fatos se amoldem a seus interesses. A pessoa egocêntrica é egoísta, no sentido de que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive.

Fonte: Wikipedia

Sabendo disso, acredito que o egoísmo não seja algo negativo, mas necessário no dia-a-dia, na sociedade em que vivemos. Se você for pensar primeiro nas necessidades do outro, o outro vai ser egoista, se aproveitar disso e simplesmente passar na sua frente, te chamar de idiota... Vivemos em um mundo cão, onde todos são egoístas, por mais bonzinhos que eles pareçam. Acho que socialmente e profissionalmente, as pessoas não têm outra saída, a não ser, serem egosístas.

Já não penso o mesmo em relacionamentos pessoais. Acho que podemos ser bem mais altruístras com pessoas sem interesse comercial, ou financeiro. Podemos ceder e fazer as vontades e necessidades do outro. Sabemos que ele gosta tanto da gente a ponto de fazer o mesmo. É assim com a minha amizade com a Paola (texto Amigos). Sabemos da necessidade uma da outra. Ela sabe que eu tenho aulas em horários diferentes e vice-versa. Mas quando eu preciso muito dela, ela larga tudo o que está fazendo, sai das aulas, sai da biblioteca, onde estava estudando, para de lanchar, para de almoçar... e vai me ajudar. Ela é totalmente altruísta e quando ela precisa, é minha vez de ser altruísta! Sabemos que podemos contar uma com a outra e que eu não vou tirar ela o tempo todo da aula pra prejudicá-la e vice-versa.

Enfim, Acho de extrema importancia que as pessoas saibam ser egoistas na hora certa, e altruístas na hora certa. Saibam com quem "abrir a guarda". Saibam da fome do mundo de passar por cima de você e também, da necessidade das pessoas mais próximas a você. Sou egosísta sim, mas na hora certa, com a pessoa certa.

06 novembro 2008

Caí no buraco!!

Pois é... E ainda estou toda machucada. E como de costume, querendo morrer, querendo que o mundo acabe, que os homens sejam todos extintos da minha mente... Que eu nunca precise dele pra nada. E toda aquela tragédia que a gente sente quando a pessoa que você quer ao seu lado, não quer você ao lado dela.

Agora começa uma outra fase... A fase de esquecer o **** ******, que é a impossível! Já escrevi aqui que só gostei de verdade de 2 pessoas, com ele, 3! E se uma dessas 3 pessoas chegasse pra mim hoje e me pedisse pra abandonar tudo e ir viver ao lado dele, eu iria sem pensar duas vezes! O que me leva a conclusão de que eu nunca esqueci nenhum dos dois e acho que não vou conseguir esquecer esse terceiro!

É, parece que eu realmente não vou ter filhos. E eu preciso chorar um pouco...

05 novembro 2008

Tentativa e erro

Depois de um texto hiper direto, me incumbir a tomar mais atitudes e ficar menos tempo me iludindo... Tomei uma decisão drástica:

Vou me declarar para o **** ******!!!

Ok. Essa não é melhor coisa a fazer ao meu ver. Toda vez que eu me declarei para alguém aconteceram as piores coisas possíveis. E agora eu estava ouvindo a voz da experiência e deixando tudo acontecer naturalmente, sem alguém pra chegar e dar aquele "empurrãozinho". Mas parece que a experiência não se importa se isso for demorar muito, e eu me importo.

Então, vou pular no buraco! Sei que toda vez que faço isso me machuco e demoro um tempão pra sair de lá. E quando saio, vejo que estou toda machucada e fico mais um tempão sem pular em outro buraco. Mesmo sabendo de tudo isso, vou pular de novo. Esperando que lá embaixo tenha almofadas macias e uma outra estrada para ser trilhada a dois, sem mais buracos amorosos. E se não tiver, vou me machucar de novo, vou ter que arrumar forças pra sair do buraco, mesmo machucada, mas não vou parar de andar. Uma hora vai ter outro buraco a frente pra eu pular.

01 novembro 2008

Necessidades atuais

Preciso dormir e estudar.

31 outubro 2008

**** ******(2)

Hoje eu vi o menino que eu amo, aquele pai dos meus possíveis filhos do texto **** ******.

Acho que tinha esquecido o quanto ele é bonito e charmoso. O pior vocês ainda não sabem... Ele me deu um beijo de despedida no pescoço!!! Mesmo que acidental, vocês não têm noção do quanto um beijo no pescoço com aquela barba cerrada fez comigo. Devo ter ficado zonza uns 15 segundos, no mínimo. Minhas pernas bambearam. Eu perdi o rumo, literalmente, fiquei sem saber pra onde ir, esqueci o que eu tinha planejado fazer... Foi um dos melhores momentos nos últimos dias...

Gota D'água

"Deixe em paz meu coração,
Que ele é um pote até aqui de mágoas,
E qualquer desatenção, faça não,
Pode ser a gota d'água."

Cansei. E preciso desabafar. Estou muito grilada com duas pessoas e não é de agora. Já tentei ser amiga delas algumas vezes, mas nunca, nunca dá certo. Eu ia fazer o esquema da primeira letra do texto retrasado, mas achei óbvio demais para quem me conhece e como eu vou falar mal aqui, não convém arriscar.

Primeiro vou falar da que mais me irrita. Um menino lindo, absolutamente lindo. Educadinho, gente boa... até o momento que lhe convém. Quando ele percebe que não precisa de você, vira uma "nhaca". Um menino irritante, que se acha dono de toda a verdade, que acha que suas idéias estão acima de todas as outras. Um menino que faz questão de provocar, que faz questão de mostrar que é escutado, mesmo que seja por outro idiota (como é o caso). Um menino que não respeita a namorada como deveria. Um menino que trata mal meus amigos e na maioria das vezes me trata com ignorancia.

Agora a segunda pessoa que mais me irrita. Um menino feio, absolutamente feio. Educadinho, gente boa... Até o momento que lhe convém. Quando ele percebe que não precisa de você, ele tenta te diminuir. Acha que tem moral pra te dar bronca, te dar ordens, pra falar o que você está fazendo de certo e o que está fazendo de errado, como se ele soubesse o que é certo e errado... E depois (isso com certeza me irrita profundamente) te cobra, pergunta se fez do jeito dele. E se voce não fez, fala: por isso que deu tudo errado, mesmo que vc não tenha achado que deu tudo errado. Se você fez, fala: então não fez direito, porque continua tudo errado. Um menino irritante, que se acha dono de toda a verdade, que acha que suas idéias estão acima de todas as outras, se acha o mais inteligente de todos, e insiste no seu próprio erro, por achar que não está errado. Um menino que faz questão de provocar, que faz questão de mostrar que é escutado, mesmo que seja por outro idiota (como é o caso). Um menino que não se dedica à namorada como deveria. Um menino que trata a todos com frieza e superioridade.

São amigo muito parecidos, que se veneram retardadamente. Que deixam de namorar pra ficarem juntos. Amigos falsos e dissimulados que não sentem nada por você a não ser desprezo e te tratam como inferior. São dois meninos insuportáveis que esgotaram minha paciência. Hoje, um dele me ridicularizou por questões escolares e o outro por questões religiosas. ESTOU DE SACO CHEIO DELES. De saco cheio é a expressão que melhor se encaixa no momento. Parei de tentar ser agradável de tentar ser amiga. Acho que estou fazendo um favor a mim e a eles. O primeiro de tão insuportavel ficou feio e o segundo horripilante. E depois de tanto desabafo, só quero esquecer que eles existem e tratá-los com indiferença, na medida do possível. Perdoei-os pelas grosseirias, afrontas e chacotas. A partir desse texto eles estão para mim, assim como uma pedra, do outro lado do mundo está para você.São totalmente insignificante.

25 outubro 2008

Homens II

(Escrito em um momento de desejo, por isso não leve tão a sério)

Quinta-feira (23/10) eu estava conversando com um amigo sobre homens. Acho que depois daquele relato todo de o homem precisar ou não ter cultura (texto Homens I), vem uma questão mais instintiva, o físico do "homem perfeito".
Eu detesto homens musculosos demais, e homem magricelo também. Pra mim, homem bonito de verdade tem que parecer forte naturalmente, sabe aqueles meninos que já nascem "socados", fortes, e quando crescem parecem uns ursos? Então... São exatamente esses que me chamam mais a atenção. Homem com barba mal feita, daquelas que arranham, quase machucam. Homem com ombros largos, tão largos quanto for o necessário para poder me proteger de qualquer coisa num simples abraço. Homem que seja firme, firme ao dar um aperto de mão, firme ao me conduzir pra dançar, firme para deixar claro que tem suas decisões tomadas e que dificilmente vai ser convencido do contrário. Homem expressivo, com um olhar tão penetrante, tão profundo, que é necessário fazer um esforço enorme para conseguir desviar meu olhar do dele e que consegue mostrar com esse olhar tudo o que ele está sentido por mim. Homem com uma voz tão forte quanto ele, uma voz que pode ser escutada de longe, que quando começa a falar, todos calam, pois sabem que não dão conta de competir com tamanha imposição de voz; e ao mesmo tempo uma voz que saiba cochichar em meus ouvidos a ponto de me fazer arrepiar dos pés a cabeça. Homem alto, alto a ponto de eu ter que ficar na ponta dos pés para conseguir lhe dar um beijo. E por fim, homem com cabelo nem curto, nem comprido, mas de comprimento suficiente para que ao deitar no meu colo, eu possa ficar fazendo cafuné até que, aquele que de longe parece tão durão, possa dormir tranquilo como um bebê no colo de sua mãe.
Além de tudo isso, um homem justo (é, eu sei que isso não é característica física...) que use sua força e sua imponência, não para coagir ou amedrontar outras pessoas, mas sim para separar brigas, ajudar pessoas, carregar alguém machucado, ou empurrar um carro que está atrapalhando o trânsito. Um homem de paz, que seja totalmente avesso a qualquer tipo de violência. Que use essa força toda em atos de bondade. Agora me lembro de poucos exemplos: O Hagrid, dos livros do Harry Potter, e o Shrek no filme dois, quando vira humano.
Esse é exatamente o tipo de homem que eu imagino quando penso em "homem perfeito".

12 setembro 2008

Amigos.

É a primeira vez que alguém reconhece que eu sou amiga de outro alguém.

Sempre tive amigos e bons amigos. A primeira amiga de que eu tive notícia, hoje nem lembra que eu existo, é modelo em São Paulo. Depois eu me mudei de cidade e fiz dois amigos lá. Os dois também esqueceram que eu existo... Aí mudei de escola e conheci uma menina. Ela era muito delicada e cordial, sempre companheira e concordando com tudo que eu falava. Eu achei que ela fosse a minha primeira melhor amiga! Eu voltei pra minha cidade e continuamos a nos falar por cartas durante anos... E mantemos contato até hoje! Mas sei que melhor amiga é diferente de ser totalmente submissa a alguém. Chegando aqui, fui para uma escola onde as pessoas, em sua maioria, eram cheias de preconceitos e mimados. Me vi num grupo de oito meninas, todas bem educadas, mas não consegui me adaptar ao estilo de vida delas. Hoje eu eventualmente as vejo na Universidade. Sei que quatro estão namorando, as outras três eu não tenho certeza. Ao mesmo tempo que eu "estive" no grupo, conheçi quatro meninos. Quatro ótimos meninos. Leandro, Lucio, Marcio e Roberto. Depois de alguns anos o Marcio que eu considerava meu melhor amigo, mudou de escola, o Leandro e o Roberto se afastaram. Entrou então o Fernando na escola e ficou muito meu amigo e do Lucio. Hoje nós três ainda somos muito amigos, saímos juntos de vez em quando. No cursinho fui Lamonete e conheçi muita gente, mas foi só na faculdade que realmente tive a minha primeira MELHOR AMIGA.

Nos primeiros dias de aula conheçi um menino, achei que nos daríamos muito bem, o Guliver. Mas depois de um tempo, foram duas meninas, a Jussara e a Maria que me chamaram para entrar no "grupinho" delas. Entrei, e depois de um tempo, entraram mais duas, a Paola e a Primata. Éramos cinco e quatro de nós não gostávamos muito da Primata. Ela então saiu do grupo. Depois uma fofoca fez com que a Jussara também saísse. Ficamos em três, Maria, Paola e eu. Foi assim até a Maria se afastar e preocupar mais com seu namorado, Rubens, do que com os estudos. Assim, finalmente, ficamos só eu e a Paola. Nos aproximamos muito e hoje somos como carne e unha. Sei mais dela que a mãe dela e vice versa, ela sabe de mim bem mais que minha mãe. E foi depois de todo esse processo, depois de todos esses "amigos" que eu finalmente achei alguém que me compreenda e que eu compreendo. Alguém em quem confio plenamente, apóio, repreendo, alguém que me ajuda e que eu me sinto bem ajudando. Foi ontem, no dia 11 de setembro deste ano que um professor de física nos vendo juntas, disse para a Paola - Dê valor na Nika, ela é sua amiga de verdade. - E depois para nós duas, continuou a falar - É difícil ver uma amizade como a de vocês hoje em dia. - E essa, foi a primeira vez que alguém reconhece que eu sou amiga de outro alguém.



(Os nomes neste texto são falsos. Só a primeira letra que é verdade. Melhor assim, para proteger a privacidade de todos.)

03 setembro 2008

Sono

Tenho dormido muito tarde e passado o dia todo com sono.
Tenho estudado muito.
Tenho tido muitos sonhos.
Tenho escutado muito The Format e Architecture in Helsinki.
Tenho escrito muito no meu blog.
Tenho sido muito sincera.
Tenho prestado muita atenção às aulas.
Tenho almoçado bem e jantado mal.
Tenho sentido muita sede.
Tenho sentido muito calor.
Tenho dado muitas risadas.
Tenho emagrecido devagar.
Tenho dormido muito tarde e passado o dia todo com sono.

Sorriso

Meu sorriso me esconde de todo mundo. Me esconde até de mim mesma às vezes. Estou sempre de bom humor, mesmo não estando, estou sempre sendo positiva e otimista mesmo não me sentido assim, mas parece que assim as coisas ficam mais fáceis. Eu chego em casa cansada e estressada, querendo cair na minha cama e ficar assim por no mínimo a noite toda. Mas daí chega a minha mãe mais cansada ainda, falando que teve um dia exausto, que está muitíssimo cansada. Pergunta como foi o meu dia. “Você também está cansada, né... Seus olhos estão até fundos...”. Eu respondo que sim, que foi um dia pesadíssimo e que não estou com ânimo nem pra conversar??? Claro que não!!! Eu sempre digo algo como: “Meu dia foi ótimo! Hoje eu tive aula de ITN, acho que já te falei o tanto que eu adoro essa aula né? Pois é, a aula de física, apesar de mal dada, foi suuuuper engraçada, o professor estava bem-humorado, eu fiz um monte de graças, rsss... Foi ótimo! A minha melhor amiga e eu conversamos e rimos muito! Apesar de eu estar um pouco cansada, o dia passou super rápido e foi bem animado!” E falo tudo isso com muita empolgação e com um habitual sorriso. Não tem recompensa maior do que ver minha mãe, depois de um dia de trabalho exaustivo, sorrir sempre que falo que meu dia foi ótimo! Um sorriso verdadeiro que verdadeiramente tira o meu cansaço por mais cansada que eu esteja. E acho que tira o dela também porque normalmente depois disso vamos jantar e conversamos muito mais, rimos muito juntas, contamos casos, piadas. As coisas ficam realmente mais fáceis!!
Quando eu digo aos outros que eu nunca briguei com meu irmão, não é uma hipérbole! Meu irmão às vezes chega meio estressado em casa e me provoca ou deixa de me fazer um favor, por exemplo. Me dá vontade de gritar, de bater nele, de xingar. Mas ao invés disso, eu simplesmente entendo que é o cansaço e o deixo quieto... Quando ele vem mais animado e sou eu que estou estressada, e vem a mesma vontade de xingar e gritar, eu consigo me controlar e ser gentil, ser carinhosa, e num instante eu não estou mais estressada e estamos brincando e conversando. Me esconder tanto, guardar tanto os meus sentimentos pra mim, me faz sentir melhor no aspecto de convivência, mas ao mesmo tempo me faz procurar outros meio de me expressar, senão eu explodiria. Uma amiga e ex-psicóloga diz que desde quando eu aprendi que as pessoas mudam quando somos gentis com elas, eu comecei a ser gentil 24 horas por dia e foi a época também que comecei a roer as unhas. Ela diz que o único jeito de eu parar de roê-las é me expressar verdadeiramente, sem medo da reação dos outros. Então procurei escrever! E percebi que quando escrevo, além de minhas mãos ficarem ocupadas digitando, eu fico mais calma e relaxada. Desabafar é o que as pessoas fazem durante o dia em pequenas quantidades para diversas pessoas, e é o que eu faço de uma vez só em grande quantidade quando me sento de frente pro meu notebook e escrevo, compulsivamente. Portanto, vou continuar sorrindo e sendo gentil; mantendo um clima agradável à minha volta e fazendo outras pessoas sorrirem!
Sorria você também! Não precisa ser tão radicalmente como eu, que fico 24 horas assim, mas experimente sorrir para um desconhecido, sem você saber, você pode estar dando o primeiro sorriso que ele viu no dia depois de caras rancorosas e severas do seu trabalho estressante. Tire um dia para fazer gentilezas, depois me contem se vocês se sentiram tão leves e felizes quanto eu ao fazerem isso!
:-D

Filhos

(texto escrito antes do texto **** ******)

O ser humano, como todos sabemos, é formado no útero materno. Ao serem formadas as primeiras partes do cérebro, principalmente as de memória, ele passa a ser uma esponja. Absorve tudo o que escuta, tudo o que sente, tudo o que a mãe sente, tudo isso no útero, e é aí que começa a se formar o caráter e a personalidade de um indivíduo. Eu sou completamente apaixonada por MPB e Bossa Nova. Uma explicação pra isso é a minha mãe ter escutado centenas de LP`s durante a gravidez de mim. Outra coisa curiosa e bonitinha que me faz acreditar mais ainda de que o que eu estou escrevendo é verdade é que eu podia estar quietinha na barriga da minha mãe que toda vez que eu escutava a voz do meu pai, quando ele chegava do trabalho, ou quando ele acordava, eu chutava a barriga da minha mãe, ficava agitada e me mexia inteirinha. Até hoje escuto a voz do meu pai a dezenas de metros de distância e consigo identificar que é ele!
Sabendo disso, dá pra se ter uma noção da responsabilidade de ter um novo indivíduo dentro do seu ventre. Imagine como é saber que qualquer coisa que você falar, escutar e até mesmo sentir poderá influenciar diretamente na personalidade de alguém, ainda mais alguém que é o seu filho, que você já ama e quer cuidar antes mesmo de conhecer. Os psicólogos dizem que o caráter de um indivíduo termina de se formar aos sete anos de idade. É inadmissível na minha cabeça, como que alguém que sabe de tudo isso, tem coragem de arriscar ter um filho.
Algumas pessoas vão perguntar: “Quer dizer então que o assaltante, o assassino, o bandido em geral, só é o que é por causa dos pais??”. E a resposta é a mais polêmica e ao mesmo tempo a mais esperada: “Sim! É exatamente isso que estou dizendo. Estou dizendo que se o cidadão é assassino, foi culpa da educação e do exemplo que ele recebeu desde a gravidez até os sete anos, principalmente, e dos sete em diante mudando pouquíssimas coisas no caráter dele”.Isso não é mera suposição, mas um estudo sério feito por pessoas sérias o qual eu tive acesso.
Precisa de mais motivos pra não se ter filhos??? Só de pensar que uma briga boba que eu tiver com meu marido durante a gravidez pode influenciar em se o meu filho vai ser mais feliz ou mais triste, só isso quase me enlouquece. Eu iria querer passar a minha gravidez numa bolha ouvindo músicas calmas e lendo livros bons.
Há outros motivos que me fazem ter ainda mais certeza de que ter filhos é a maior burrada de um ser humano. Por exemplo, o mundo está acabando, a água está acabando, a poluição e as mudanças bruscas de temperatura, vão destruir ainda mais esse planeta e eu não quero que meu filho passe sede, passe calor demais, passe frio demais. Não quero que meu filho sofra além do necessário. Quero que ele sofra de amores, mas nunca de fome, ou queimado pelo calor excessivo! Outro exemplo? Eu não sei se vou conseguir manter meu padrão de vida, não sei se ao casar vou ter como guardar dinheiro pra educação do meu filho. Vai que o mundo não acaba, ele vai precisar estudar em uma boa escola, e hoje em dia, escolas públicas não são boas escolas. E se eu não conseguir atender as necessidades dele. Está cada vez mais complicado arrumar emprego, há cada vez mais pessoas no mundo trabalhando e procurando empregos. Invade novamente o medo de o meu filho passar por algum tipo de necessidade. Se for pra ele sofrer, melhor é não ter!!!
Posso vir a mudar de idéia, mas por enquanto, ter filho é um dos sonhos que pretendo não realizar para o bem dele!

01 setembro 2008

Logic Pix

Eu amo brincar de Logic Pix! Mesmo!! Acho que além de trabalhar com o raciocícinio lógico e com a concentração, descança e relaxa a mente, porque ao brincar disso eu me concentro tanto que esqueço do resto do mundo. Aí vai um site onde é possível fazer pic-a-pix online! Enjoy!

**** ******

(postagem bom porca, depois corrigo, mudo o título e reorganizo minhas idéias)

Ontem e hoje (29 e 30 de agosto) eu passei a noite toda sonhando com uma única pessoa. Já me apaixonei antes e nenhuma das vezes sonhei tanto com alguém. Claro que já sonhei com outras pessoas, mas além de ser menos tempo, o sonho também foi diferente. Parece que com essa pessoa eu finalmente consigo me ver morando, tendo um relacionamento duradouro, acho que é alguém que eu gostaria que fosse pai dos meus filhos, que fosse avô dos meus netos. Nunca tinha sentido isso antes. Nunca quis ter filhos. Sempre defendi que não ter filhos é o melhor caminho a se seguir e até já escrevi sobre isso recentemente, mas alguma coisa diferente está acontecendo, minha mãe chama de cegueira para preservar a espécie. Parece que eu finalmente vejo em alguém a imagem de pai. A imagem de um marido companheiro, conselheiro, amigo. Não quero sofrer mais, por isso não vou criar mais falsas esperança, não vou criar esperança nenhuma. Vou deixar o tempo correr e as coisas acontecerem naturalmente. Será que finalmente eu encontrei o homem que vai estar ao meu lado até que um de nós morramos? Seja lá o que for, sei que não é fraco o que eu estou sentindo, sei que esse sentimento vai ficar em mim por um longo tempo. Todo homem que eu conheço não tem a mesma graça, o mesmo charme, a mesma beleza simples e contagiante, o mesmo sorriso sincero. Quero ele ao meu lado em todos os momentos da minha vida, dando a sua opinião sincera, me apoiando em minhas decisões.

Responsabilidade

Responsabilidade é uma das palavras que está custando a descer pela minha goela, vou ser obrigada a engulir isso a seco, vai ter que descer de uma forma ou outra, eu tenho tentado fujir, mais uma hora vai ter de descer, vou ter que encarar. Acho que parte dessa dificuldade deve-se à minha educação, minha mãe nunca me exigiu nada além do que uma menina na minha idade deve fazer. Sempre me cobrou muito nos estudos, sempre me incentivou a conseguir boas notas e a construir um futuro com base na minha formação educacional. “Com estudo, você consegue tudo na vida, minha filha”, é o que eu tenho escutado por 18 anos. É pra isso que eu fui educada, foi assim que eu fui criada. Por isso a responsabilidade de um trabalho está parecendo tão forçada guela a baixo.
No primeiro semestre de 2008 eu fui monitora da matéria de (nome retirado por motivos de provacidade) na minha universidade. Foi meu primeiro “trabalho”, foi até remunerado! Eu adorei quando começou, amei ensinar exercícios dessa matéria, até porque eu amo essa matéria. Mas então o professor orientador me deu trabalho dos alunos pra corrigir e eu corrigi, confesso que com medo de errar, e o pior aconteceu, eu errei a correção de um exercício. Eu fiquei com tanta vergonha, eu quis morrer, meu primeiro emprego e eu falho! A minha sorte foi que eu tive um ótimo professor orientador que me acalmou e me convenceu de que não era o fim do mundo.
Tudo o que aconteceu só me faz correr ainda mais de responsabilidades! Tendo o dever de passar nas matérias que eu estou inscrita na Universidade eu já me sinto com responsabilidade suficiente para o que eu dou conta. Infelizmente eu só fui perceber isso tudo depois de ter aceito fazer um trabalho com uns dos professores mais antigos, renomados e exigentes da minha universidade. Era pra eu ter entregue isso já para ele, mas eu ainda nem sei quando vou resolver essa questão. O pior é que não depende só de mim, tem um colega que deveria estar fazendo comigo. Parece que a responsabilidade foi tão pesada pra ele quanto foi para mim. Seja lá como for que essa história acaba, pelo menos serviu de apredizagem para muita coisa em minha vida que não vem ao caso agora. Falo sobre isso em uma próxima vez.

Homens I

(Escrito em um momento de revolta, por isso não leve tão a sério o final)

Eu me atraio por homens cultos, me interesso no momento em quem abrem a sua boca para falar algo, me apaixonei por apenas dois homens em toda a minha vida. Nunca cheguei nem perto de ter alguma coisa com eles além de amizade. O primeiro, eu era imatura demais e fiz uma grande burrada. Ele tem mágoa de mim até hoje por isso. O segundo simplesmente não quer nada comigo. Ambos namoram hoje. O que eles têm em comum? Apenas uma coisa, a cultura, o conteúdo, a conversa que além de distrair, instrui. De resto eles são totalmente contrários. Depois de duas tentativas frustradas de ter um relacionamento, pensei que era exigente demais e resolvi dar oportunidade a outras pessoas, talvez eu estivesse ao lado dela todo esse tempo mas não dava espaço para ela se aproximar. Parei de procurar e estava totalmente disponível. Conheçi uma pessoa, nos falávamos muito pouco, parecia ser legal, era muito bonito e etc. Achei que estava indo tudo muito bem. Até que tivemos nossa primeira conversa longa e sobre assuntos mais culturais, música, teatro, cinema, enfim, que desastre... Ele não tinha o menor conteúdo nescessário para se manter uma conversa por mais de 10 minutos. Achei que isso seria até relevável, mas não foi, perdi completamente o interesse nele. Nem uma pontinha de vontade de vê-lo novamente apareceu. Percebi então que conteúdo é algo escenssial para que eu me interesse por alguém. Ter ou não conteúdo é como o meu interesse ter ou não motor. Há os catalizadores (beleza, dinheiro, família, romantismo, inteligência), mas sem o motor, os catalizadores não servem pra nada! Parei agora realmente de procurar. E agora também não estou mais disponível, a não ser que apareça alguém muito culto, vou continuar sozinha que é o melhor que eu faço. E se ao longo dos anos eu continuar achando homens fúteis vou casar-me com livros, revistas, cds e peças teatrais, pois eles têm o que eu procuro em um parceiro: Cultura! E muita!

F I M

29 agosto 2008

Não me leia!

Não funciona desse jeito
Pare... Isso é inadmissível...
Por que está fazendo isso comigo?
Porque justo eu?

Quem você pensa que é para ir simplesmente
Me fazendo comigo mesmo?
Eu reclamo e você simplesmente me faz desse jeito?
Um poema como eu deveria ser tratado com mais respeito!

Você deveria me transformar em um soneto, não é você quem os adora?
Assim eu ia ter pelo menos rimas e métricas e tal...
Mas você me escreve assim? Imprudentemente sem o mínimo de consideração?

Você é mesmo uma menina tola, tire esses longos dedos sujos de grafite de cima de mim.
...
...

Ok, você venceu, eu viro alguma coisa... Mas eu lhe imploro, não me mostre pra ninguém.
Eles vão rir de mim! Do meu desespero...
Na verdade seu desespero de escrever algo...
Desespero tamanho que aceitou até escrever algo assim. Sem nexo, feio, sem rimas...
Você sabe que não gosto disso, aliás, nem você gosta!

Vamos, acabe logo com isso.
Não comece outro parágrafo.
Você me termina e me joga no lixo
Como se eu nunca tivesse nascido ou imaginado por você!

Jura? Esse é o último?
Ótimo! O que? Para com isso! Porque está me escrevendo no computador!
Porque está me transformando em bites?
Não está pensando em me publicar em plena Internet está?

Você não faria com isso com um mero poeminha, tão bobinho como eu...
Não... Não faria...
Rsss...

Ai Meu Deus! Esse não é aquele site onde você publicou os outros?
Eu te imploro! Não faça isso! Por favor! Não! Não aperte isso!

Socorro! Estou totalmente vulnerável agora...
Hei! Você! Pare de me ler! Agora!

Céus... Isso é muita má sorte pra um só poema... Poxa... Então foi pra isso que nasci?
Pra ser motivos de risos? Buáááááá...

Se for pra ser um poema engraçado, então vou me vingar! Vou transformá-lo em um poema altamente depressivo, você vai ver...

Sniff... Sniff...

...

...

Não se cansou de me ler?
Não se deprimiu ainda?
Então vou me calar... Não tenho mais forças... Nem letras pra me consertar ou pra me vingar daquela menina que me colocou aqui... Estou totalmente esgotado... Ó... Vou morrer... Adeus mundo cruel.

Lembrança

(texto escrito no final de dezembro de 2007)

Hoje eu vi um filme: Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Trata-se de um casal que se separa e para evitar o sofrimento, faz um tratamento cerebral que “limpa” as lembranças do relacionamento. Eu adorei o filme, mas eu não quero falar sobre ele agora. E sim sobre o tratamento que eles fazem.
Eles simplesmente se tornam estranhos. Deixam de lembrar dos momentos que viveram juntos, de todas as experiências boas ou ruins, tiram parte da vida de suas memórias. Eu pensei muito sobre isso, aliás, não paro de pensar sobre isso. Penso principalmente sobre isso ser uma realidade. Aquele famoso “se” que invade nossa mente a cada coisa nova!
E se isso fosse realmente possível?
Será que eu faria isso? Eu tenho algo pra esquecer? Esquecer “seja lá o que for” valeria à pena?
Fico pensando em uma mãe que perdeu o filho, será que ela o tiraria de sua mente? Toda a emoção de ser mãe, todo o sofrimento da perda... Tudo isso seria totalmente perdido.
Eu realmente queria parar de sentir certas dores inevitáveis quando o amor por uma pessoa não é correspondido ou quando um amigo comete um erro realmente tolo, mas que fere nossa confiança para sempre.
Mas isso valeria à pena?
Eu acho sinceramente que toda dor trás amadurecimento, e depois de sentir tanto amor, tanta dor, tantas emoções misturadas eu me sinto mais madura e acho que esquecer isso me faria perder muita coisa que a gente custa a viver. Quando teria outra oportunidade de sentir amor, dúvida, vergonha, arrependimento, ódio, paixão, tesão, repugnância, saudades, ansiedade e esperança por uma mesma pessoa? Acho que pode acontecer qualquer coisa comigo, sem, obvio, atingir a minha mente, que ainda assim não me esqueceria dessa pessoa! E fico sinceramente feliz ao saber disso! Fico feliz sabendo que pude sentir essas emoções e que hoje posso me lembrar delas e da pessoa por quem eu senti isso! E não só essas emoções, claro. Tantas outras, amor de mãe, de irmão, de amigos, amor de homem e mulher, e emoções tristes também.
Cada emoção tem sua importância, por isso nunca as tiraria de mim por livre e espontänea vontade como fizeram no filme.